por Patanga Cordeiro

A experiência é o alimento do tolo. A fé é o alimento do sábio.

Chinmoy, Chandelier, Sri Aurobindo Ashram, 1959

 

Você obtém um falso senso de segurança de qualquer coisa a que está acostumado. Você vive numa casa. Logo na próxima porta, seus vizinhos são o medo, a dúvida e a destruição. A qualquer hora eles podem prejudicá-lo. No entanto, só porque vive perto deles por tanto tempo, obtém um tipo de falsa segurança.

Sri Chinmoy, Illumination-World, p. 14-15

 

 

Tive e observei algumas experiências na minha vida, de meus colegas e também pessoas que comparecem aos cursos de meditação. Todas essas experiências me lembram da importância da fé, e como ela é superior ao nosso sentimento de segurança que vem da experiência.

 

Esse sentimento de segurança é um paliativo para a nossa insegurança, e não uma solução. Ficamos amarrados a ele e não saimos do lugar, para não nos arriscarmos. É um estágio da nossa evolução, e possui um papel a cumprir, apesar disso.

Já, no caso do buscador espiritual, sua fé é sublime – ela mostra de formas sutis o seu destino maior. Se você estiver com o coração aberto para sentir, ela lhe levará às margens de um além mais dourado do que o que seus olhos enxergam agora – além das brumas.

 

É como o Cristo disse ao seu discípulo Tomás: “Você viu, portanto acreditou. Mas bem-aventurados são aqueles que acreditaram sem ver.”

 

 

A fé deve ser bela.

A fé deve ter alma.

A fé deve ser devotada.

A fé deve ser sincera.

Por fim, a fé deve ser vivente.

Apenas então o buscador alcança

Um progresso espiritual ilimitado.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 12, Agni Press, 1999