Introdução à meditação, parte 2: a importância da música para meditar
The stars of the sky
Always adorn only
The brave.
As estrelas do céu
Adornam somente
Os corajosos.
-Sri Chinmo
Utilizando a música correta, a sua meditação pode ser auxiliada.
Se for uma gravação musical de um Mestre espiritual genuíno, a consciência em que se encontra é expressada na música. Estando então no ambiente com a música, a sua consciência pode se identificar com a consciência do Mestre e subir mais alto do que estaria sem seu auxílio.
Praticando um exercício de concentração com a música
Exteriormente, a música para meditação é um auxílio para a concentração se você estiver inspirado a tentar assim. Você pode concentrar a sua atenção na música em si – não como quem a ouve, mas quem quem se foca nela. Você não deve analisá-la, pois assim estaria num processo mental de ouvir e analisar. Você deve apenas ouví-la, identificando-se com ela. Não tente acompanhar. Normalmente, música para meditação não possui um ritmo marcado, mas podem haver exceções.
Música para melhorar o ambiente
Ela pode também encobrir sons externos que poderiam incomodá-lo na hora da sua meditação. Você pode usar fones de ouvido, mas em geral é melhor se o som for ambiente mesmo, até para você ficar longe dos aparelhos eletrônicos na hora de meditar.
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
Ele trabalha como servidor público e desde 2003 é professor voluntário nos cursos de meditação do Centro Sri Chinmoy, dando aulas também na USP, Unicamp, UFPR, UFSCar, BB e CEF.
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
Ele trabalha como servidor público e desde 2003 é professor voluntário nos cursos de meditação do Centro Sri Chinmoy, dando aulas também na USP, Unicamp, UFPR, UFSCar, BB e CEF.
Na semana passada estávamos meditando com uma gravação em vídeo de Sri Chinmoy. Não é o que seria uma “meditação guiada” no sentido comum, alguém dizendo o que você deve imaginar, relaxar, etc. O vídeo era apenas Sri Chinmoy meditando em silêncio, imóvel. Só isso. Estávamos tentando nos identificar com a meditação dele enquanto o observávamos.
Durante a meditação, não posso dizer que aconteceu algo ou me tornei algo, mas parecia que tudo estava muito bem. É um sentimento de luminosidade suave, mas permeante.
Quando o vídeo acabou, de repente, parecia que eu tinha caído de volta para a terra.
Eu percebi que estava sendo inspirado, ou melhor, orientado na minha meditação ao ver a gravação do meu Mestre. Quando ela acabou, senti o vasto abismo entre eu e ele. Uma vez vi Sri Chinmoy comentar que isso pode ser quando não estamos meditando corretamente. Com certeza, não tive a melhor das meditações, se comparar com meditações muito boas, mas acho que o ensinamento foi diferente desta vez. O ensinamento é que eu poderia buscar mais a proximidade da consciência do Mestre espiritual para elevar o meu próprio padrão.
Isso me inspirou a buscar sentir mais a orientação interior durante o dia, tentar ficar durante todo o dia um pouco mais receptivo a essa consciência que vi no vídeo.
“When we attain the divine consciousness, it attains us and we also attain it. There is a meeting place where the two come together. Reality is all-pervading. Suppose right now we are on the first floor; this is our reality. God, who embodies the universal Consciousness, is on the third floor. So God comes down to the second floor with His Compassion and we go up to the second floor with our intense cry to attain oneness with His Consciousness. God embodies the highest divine Consciousness and He also embodies our inner cry. So God, who is within us in the form of our inner cry, carries us to the second floor; and God, who is outside us in the form of the infinite divine Consciousness, comes down to the second floor. God climbs up with us and God climbs down with the divine Consciousness. When both the seeker and God arrive at a particular place, the seeker enters into the divine Consciousness and the divine Consciousness enters into the seeker. With our personal effort and God’s Grace we go up and with His Compassion and Love God comes down.” – Sri Chinmoy
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
Ele trabalha como servidor público e desde 2003 é professor voluntário nos cursos de meditação do Centro Sri Chinmoy, dando aulas também na USP, Unicamp, UFPR, UFSCar, BB e CEF.
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
Ele trabalha como servidor público e desde 2003 é professor voluntário nos cursos de meditação do Centro Sri Chinmoy, dando aulas também na USP, Unicamp, UFPR, UFSCar, BB e CEF.
Sri Chinmoy, Ten Thousand Flower-Flames, part 9, Agni Press, 1981
Começamos a meditar por diversos motivos, mas a nossa humildade e simplicidade nos lembra que a meditação é foi algo que nos foi dado, um privilégio, e não um dever ou fruto de nossa inventada “superioridade” intrínseca. Essa percepção mostraria apenas o quão bem ou mal sucedidos temos sido em nossa meditação.
Também, nas últimas décadas, algumas pessoas buscaram a meditação como uma fuga – um escape dos problemas psicológicos internos, um alívio às tensões do dia. Essa meditação não será profunda e não nos levará longe. Acho bem possível que você não encontrará um único texto milenar ou mesmo do século passado introduzindo o conceito de que a meditação é para relaxar ou para tratamento de saúde.
Outras pessoas buscam a meditação porque elas precisam meditar. Elas precisam meditar, e não de algo que a meditação possa trazer como resultado. É um impulso interior. É algo que o impele a buscar e o inspira a superar obstáculos para começar a meditar. É um anseio concedido por Deus ao buscador.
Uma introdução prática à meditação
Para começar a meditar, sente-se num lugar o mais afastado possível de outras interferências, dentro de casa.
Respire fundo algumas vezes, mas sem tensão, sem fazer força. A cada respiração, diminua o ritmo geral. Isso ajuda a trazer uma certa disciplina para a mente.
Mas a meditação profunda não acontece na mente, pois ela mesma é superficial. Ela acontece a partir do coração espiritual, onde mora a sua alma.
Para meditar no coração espiritual, sinta que você é esse coração. Sinta que a sua verdadeira essência mora no o lugar para onde aponta quando diz “eu”. Com os olhos entreabertos para não ficar sonolento, foque a sua concentração num ponto.
Esse ponto pode ser algo pequeno, mas recomenda-se algo que lembre e traga a tona o seu coração espiritual e lembre-o da sua alma, sua divindade interior. Pode ser uma flor (com a sua beleza e perfeição), uma chama de vela (com a sua luz e vontade de se elevar) ou uma foto ou estátua do seu Mestre espiritual (que representa e incorpora a sua própria meta final).
Observe a partir do seu coração, como se seus olhos estivessem lá e seu olhar viesse do meio do seu peito. Isso ajuda a sair dos processos mentais.
Agora tente se identificar com o objeto da sua concentração. Sinta que você e ele são uma coisa só. Esse é o poder do coração: o poder de identificação, unicidade.
Sinta que você
e a beleza da flor,
o anseio da chama,
a iluminação do Mestre
são um ser só.
Como tudo que vale a pena, pratique todos os dias, sem nunca faltar (nunca mesmo), num horário fixo, duas vezes ao dia e de preferência antes das seis horas da manhã e antes de dormir, com a luz sempre acesa.
O resultado será algo que você nunca viu nem ouviu falar antes, pois terá uma experiência intrinsecamente pessoal; estará fazendo algo que só você consegue fazer, que é meditar no seu próprio coração, na sua própria alma.
“A meditação nos dá uma vida espontânea e natural, tão espontânea e natural que não podemos nem mesmo respirar sem ficarmos conscientes da nossa divindade.”
Sri Chinmoy, Meditation: man’s choice and God’s Voice, part 1, Agni Press, 1974
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
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Perguntas sobre meditação 27: meditando antes de comer
Pergunta:Por que devemos meditar em nossa comida antes de comê-la?
Sri Chinmoy: Antes de comer, é obrigatório meditar. Antes de fazer qualquer coisa, é recomendável para uma pessoa espiritual, meditar, pensar no Piloto Interior, o Supremo. O Supremo vem antes de tudo que façamos, Ele está no meio de tudo que fazemos, e Ele está no fim de tudo que fizemos. Se nós Se nós meditarmos antes de comer, Sua Compaixão desce até nós, e Sua Compaixão não é pequena em poder de energia. Logo, acompanhando a comida material, nós podemos receber poder de energia, então naturalmente, nós teremos benefício duplo da comida.
Secrets of the Inner World, p. 46-47
Pergunta:O que quer dizer “Annam Brahma”…Comida é Deus?
Sri Chinmoy: Comida é vida e vida é Deus. Deus é vida. A comida nos dá nova vida; ela nos energiza. Tudo que nos energiza é vida. A corrente da vida – e vida é Deus.
Secrets of the Inner World, p.44
Pergunta:Como podemos sempre sentir que comida é Deus?
Sri Chinmoy: Quando você reza e medita, você está compelido a sentir que está devorando a Paz, Amor e Luz de Deus. Então, quando você está comendo comida material, se você sentir que esta comida está mantendo você vivo ecom boa saúde, o que o habilita para rezar e meditar, naturalmente você pode manter ambos, comida e Deus, na mente. Quando você reza, você sente que Deus está vindo a você na forma de Paz, Luz e Felicidade, o que é sua comida verdadeira. Mas, quando você está comendo comida material, você sente que Deus, na forma desta comida, está mantendo você vivo.
Nesse momento, a comida realmente o ajuda a pensar em seu Amado Supremo. Portanto, ambos, comida e Deus, podem facilmente ser vistos juntos como um.
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
Ele trabalha como servidor público e desde 2003 é professor voluntário nos cursos de meditação do Centro Sri Chinmoy, dando aulas também na USP, Unicamp, UFPR, UFSCar, BB e CEF.
Perguntas sobre meditação 26: tirando os calçados para meditar
Pergunta:Por que você pede às pessoas para deixarem os sapatos do lado de fora e não levarem para sala de meditação?
Sri Chinmoy: Pedimos às pessoas para deixarem seus sapatos do lado de fora e não levarem para sala de meditação porque viemos aqui para aspirar. Quando viemos aspirar, temos que fazer com que nossa consciência física, nosso corpo físico, também aspire.
Com os sapatos, andamos o dia inteiro em ruas sujas, além disso, se entramos na sala de meditação calçados e tentamos meditar, todas as impurezas das ruas, entrarão na consciência da sala, em nossa consciência e na consciência de todas as pessoas que estão meditando. Naturalmente, isso nos atrapalhará. Além disso, devemos tomar nossa sala de meditação como um Santuário, um lugar sagrado. Lá vamos para comunhão com Deus.
Quando entramos em uma igreja, por respeito, tiramos os chapéus.
Da mesma forma, antes de entrarmos na sala de meditação, por respeito, tiramos os sapatos.
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
Ele trabalha como servidor público e desde 2003 é professor voluntário nos cursos de meditação do Centro Sri Chinmoy, dando aulas também na USP, Unicamp, UFPR, UFSCar, BB e CEF.
Perguntas sobre meditação 25: exercícios físicos e meditação
Pergunta:Porque você incentiva seus alunos a participarem e organizarem eventos de competição como triatlon e corridas de longas distâncias?
Sri Chinmoy: Eu incentivo e encorajo meus alunos a participarem e organizarem triatlons, corridas de longas distâncias como também curtas distâncias, precisamente porque sinto que o mundo precisa de dinamismo.
O mundo exterior precisa de dinamismo e o mundo interior precisa de paz. Somos todos buscadores; meditamos e rezamos para alcançarmos paz. Sentimos que se podemos ser dinâmicos, estaremos aptos a realizar muito em nossa vida exterior.
Para sermos dinâmicos, precisamos ter forma física a todo momento, e correr nos ajuda consideravelmente a manter uma boa forma. Também, o correr nos lembra de nossa jornada eterna na qual caminhamos. Marchamos e corremos ao longo da Estrada da Eternidade para nossa meta eterna.
The outer running and the Inner running, p-140-141.
Pergunta:Qual é o propósito espiritual dos esportes competitivos?
Sri Chinmoy: O nosso objetivo não é nos tornarmos os melhores atletas do mundo. O nosso objetivo é manter o corpo preparado, para desenvolver dinamismo e dar ao vital alegria inocente. O nosso objetivo não deve ser ultrapassar os outrosmas, constantemente ultrapassar as nossas próprias conquistas anteriores. Não podemos avaliar corretamente a nossa própria capacidade ao menos se tivermos uma tabela de comparação assim, não competimos para vencer os outros, mas para buscar nossa capacidade. A nossa melhor capacidade aparece quando há pessoas ao nosso redor.
Elas nos inspiram a buscarmos nossa maior capacidade e nós as inspiramos a buscar suas maiores capacidades. Por isso que temos esportes competitivos.
Sempre deve ter um objetivo.Ao se ter um objetivo não significa que temos que vencer os melhores corredores do mundo, longe disto.
Na vida espiritual, não há competição. Mas tem algo que é essencial, necessário e inevitável, que chamamos de progresso; queremos nos transcender. Se há outra pessoa conosco, imediatamente nossa mente ou a mente dos outros irão pensar que estamos competindo.
Na vida comum, competimos com os outros para alcançarmos supremacia.
Mas na vida espiritual, não estamos em competição com outros. Estamos apenas tentando transcender nossa própria capacidade.
Podemos pensar em nós como duas metades: imperfeição em uma das metades, e nosso sincero clamor por perfeição está na outra metade. Em um lado está a fraqueza e do outro está a força. Com nosso clamor interior pela perfeição, corremos em direção ao nosso destino e alcançamos a margem-iluminação. Quando nosso ser está completamente iluminado, o escuro e as forças da ignorância ficam com medo de vir até nós. Antes de abraçarmos o destino, elas nos desafiam. Mas uma vez que alcançamos a margem-iluminação, as forças da ignorância não ousam entrar em nós, pois sentem que serão totalmente destruídas. Elas não sabem que serão apenas transformadas e iluminadas.
The outer running and the Inner running, p-141-142.
Pergunta:Qual a importância para um aspirante espiritual se manter em boa forma física?
Sri Chinmoy: Boa forma física é de grande importância em nossas vidas. Se o corpo estiver em boas condições, poderemos realizar todas as nossas atividades bem. Por isto é importante, correr ou fazer exercícios físicos todos os dias para nos tornarmos fortes, saudáveis e dinâmicos. Se estivermos com boa forma física, estaremos aptos a não permitir que doenças e outros indivíduos não convidados entrem em nós.
No passado, as pessoas gostavam da malhação do corpo pois elas sabiam que se elas tivessem um corpo saudável, elas poderiam permanecer por mais tempo na terra. Se elas fossem espirituais, sentiam que em um corpo saudável permitiriam a elas continuar rezando e meditando por muito mais anos.
Hoje sabemos também que se o corpo estiver doente, não poderemos rezar e meditar bem. Por algumas semanas e meses. Podemos sofrer tanto física como mentalmente. Temos um corpo e uma alma. Uma pessoa espiritual tem que dar importância igual ao corpo e a alma. Se prestar atenção somente ao corpo. Se tornar fisicamente forte, mas espiritualmente fraco, não haverá paz na mente ou na felicidade interior. Normalmente, se prestar atenção apenas nas orações e meditações e negligenciar o corpo, este não será um instrumento afinado para revelar e manifestar Deus.
De manhã, Ele tentará rezar para Deus, mas terá que parar, pois tem uma dor de cabeça, estômago, revoltado e etc.
Se alguém não pratica nenhum exercício mesmo, o físico irá permanecer sem luz, letárgico e verdadeiro obstáculo para o aspirante.
Se a consciência física não aspira, ela se manterá separada da alma. Tenha certeza, então, que você nunca alcançará a perfeição. O físico deve aspirar em sua própria maneira para aumentar sua capacidade para abarcar a luz. O físico contribuirá com o espiritual e estará apto a aspirar e manifestar muito mais. Boa forma física e espiritualidade devem caminhar juntas. É como se ter duas pernas. Com uma perna eu não posso andar; preciso das duas pernas para alcançar o destino.
The outer running and the Inner running, p-142-144.
O seu correr exterior tem um papel muito importante não só na sua vida espiritual como também na comunidade mundial. Se as pessoas que aceitaram a vida espiritual não fazem a coisa certa, como é que podemos esperar dos outros que não são conscientes de sua existência interior, fazerem a coisa certa? E ficarei muito feliz e orgulhoso se você puder correr uma maratona.
…
Esta é a idade de ouro para vocês.
Vocês estão todos com menos de 40 anos. Quando tiverem mais de 50 anos, não importa quanto tentarem, vocês não conseguirão trazer para fora uma determinação física e vital que vocês têm agora. Haverá uma ou duas exceções, mas 99 em 100 pessoas acharão difícil depois dos 45 anos.
Se quiser satisfazer sua Divindade, por favor, por favor, corra regularmente.
Talk at Progress-Promise on the eve of the New York Marathon, 1985.
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
Ele trabalha como servidor público e desde 2003 é professor voluntário nos cursos de meditação do Centro Sri Chinmoy, dando aulas também na USP, Unicamp, UFPR, UFSCar, BB e CEF.
Perguntas sobre meditação 24 – canções espirituais
A música, como canções plenas de alma, está bem próxima da verdadeira espiritualidade, logo depois vem a poesia. A poesia também está bem próxima da espiritualidade. Mas, quando se trata de colocar ordem, primeiramente vem a musica, cantada ou tocada e depois a poesia. Se cantarmos canções plenas de alma -não rock n’ roll e etc…- estaremos aumentando nossa aspiração. Não podemos meditar vinte e quatro horas por dia, nem mesmo dezesseis ou oito horas. É impossível para meros seres humanos como nós. Mas se nos é pedido para cantar, mesmo se formos péssimos cantores, sem dificuldades podemos cantarpor três ou quatro horas por dia. Mesmo se não tiver nenhum talento para música se puder usar quinze ou dez minutos ou até mesmo cinco minutos por dia para aprender minhas canções, o ajudará muito em sua vida espiritual.
Mas se não tiver nenhum jeito mesmo para música, você pode utilizar seu tempo para meditação ou serviço.
Existem pessoas que não podem cantar, mas Deus, o Supremo, utiliza essas pessoas de outras maneiras, dessa forma, essas pessoas não precisam se preocupar.
Mas se tiver um pouquinho de talento, eu ficaria muito feliz se pudesse praticar e exercitar seu talento aprendendo algumas de minhas canções. Se puderes cantar uma canção com toda sua alma todos os dias,isto te ajudará definitivamente em sua vida espiritual. Sempre eu os pedirei para cantar. Fico muito feliz em ouvir minhas canções. É como uma riqueza perdida ou esquecida que volta para mim.
Dependence and Assurance p.48-49
Pergunta:Por que, Guru, suas canções sempre nos dão maravilhosos resultados?
Sri Chinmoy: Minhas canções dão resultados maravilhosos porque são minhas experiências interiores. A maioria das experiências que recebo das pessoas. Minhas experiências interioresque recebo de vocês – de suas elevações, de seus sofrimentos e alegrias.
Suas próprias experiências que trago para fora e uso para a humanidade. Elas são algo de vocês que secretamente eu furto.
Dos seus próprios modos, vocês não sabem como expressá-las, mas eu sei como. Por isso, quando recebe ou canta minhas canções, seu ser interior o faz sentir algo muito pessoal, apesar de seu ser exterior não estar ciente disto. Quando alguém lhe mostra ou diz algo sobre o que é seu, você fica extremamente feliz. Sua mente exterior não está ciente disto, mas seu ser interior está completamente ciente disto.
Father’s Day:Father with His European Children, p. 6-7
Pergunta:Como devemos ouvir seus discos?
Sri Chinmoy: Vocês devem ouvi-los plenos de alma. Terá o mesmo propósito da meditação, se ouvirem desta maneira. Ajudará muito em sua meditação ou aspiração.
Como o nosso Invocation ajuda, estes discos também ajudarão.
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
Ele trabalha como servidor público e desde 2003 é professor voluntário nos cursos de meditação do Centro Sri Chinmoy, dando aulas também na USP, Unicamp, UFPR, UFSCar, BB e CEF.
Perguntas sobre meditação 23 – entoando o mantra “Supreme”
Sempre digo aos meus discípulos para começarem suas meditações repetindo o mantra “Supreme” algumas vezes. O Supremo é “nosso guru eterno”: meu guru, o seu guru, e o guru de todos. Eu represento o Supremo apenas para os meus discípulos, que sabem que posso ajudá-los. Existem outros Mestres que representam o Supremo para seus discípulos. Pense no Supremo e repita a palavra “Supreme” algumas vezes cedo pela manhã.
Se puder cantar AUM com toda sua alma, também o ajudará bastante em sua meditação.
Pergunta:Como devemos entoar “Supreme” em grupo?
Sri Chinmoy: Por favor, imagine que você está em uma viagem.
Sinta-se como se estivesse num barco ou em outro lugar com outros peregrinos. Sempre sinta um movimento ao entoar. Não importa se for para cima, para baixo ou para dentro. Quando disser “Supreme” por favor, sinta que você está alcançando algum destino. Cada vez que entoar, sinta que você está transcendendo sua meta.
Palmistry, Reincarnation and the Dream State, p.15-16
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
Ele trabalha como servidor público e desde 2003 é professor voluntário nos cursos de meditação do Centro Sri Chinmoy, dando aulas também na USP, Unicamp, UFPR, UFSCar, BB e CEF.
Perguntas sobre meditação 22 – livros de Mestres espirituais
Se seu Mestre tivesse escrito somente um livro, ou mesmo se ele não tivesse escrito nenhum livro, há um livro em seus dizeres, e este livro é mais que suficiente para todos os discípulos que seguem seu caminho. Se você disser, “Eu já li todos os escritos de meu Mestre“, então você deve saber que lê-los só uma vez, não é suficiente. Você tem que ler e reler todos eles. Mas um livro pode dar a você mais inspiração que os demais. Logo, este livro em particular, você deve ler todo dia. Alguns discípulos lêem um livro uma vez e dizem,“Eu li este”. Se você ler com sua mente apenas, até mesmo se você ler a mesma linha hoje e amanhã, você não pode ter nenhuma inspiração. Mas se você ler com seu coração, de cada palavra você tirará aspiração ilimitada. Cada dia você verá nova luz nos escritos de seu Mestre. De cada palavra você terá uma nova luz. Na Índia, alguns buscadores selecionam um livro espiritual e o lêem várias vezes. Há setecentos versículos no evangelho indiano, o Bhagavad Gita. Leva-se três ou três horas e meia para o ler e há algumas pessoas que o lêem todo dia. Alguns buscadores não lêem nenhum livro. Eles lêem este livro repetidamente com o objetivo de serem purificados. E todo dia eles tiram nova inspiração, nova aspiração deste livro. Todos os dias você também pode ter uma nova revelação. O que é revelação? É o fruto de sua aspiração.
Logo, se vocês lerem os escritos de seu Mestre, não como lêem um jornal, mas com sentimento, “Hoje eu irei ter uma nova revelação”, então vocês são compelidos a tê-la.
Aspiration-Flames, p.47-48
Eu disse muitas, muitas vezes, para vocês lerem meus escritos. Isto é minha prece para vocês. Se vocês já compraram livros, por favor, leiam. Se vocês já leram os livros, então por favor, comprem um novo toda semana e leiam pelo menos cem páginas por semana.
Se vocês têm livros novos, vocês terão nova inspiração. E se vocês puderem ler livros velhos com um coração devotado, então cada um deles pode supri-los com nova inspiração. Se vocês lerem dez vezes seu livro favorito, cada vez terão nova inspiração.
ChinmoyFamily, Fev-Mar 1977 p.6
Pergunta:Seus escritos contêm uma força especial?
Sri Chinmoy: Meus escritos não são pensamentos emprestados, mas a expressão de minha própria experiência. Alguns filósofos, professores e estudantes pegam idéias de outros; as idéias sobre as quais escrevem, não vêm de sua própria realização.
No meu caso, minha gramática pode estar absolutamente errada, mas a consciência que eu revelo é uma consciência divina. Logo, mesmo se eu disser, “Eu vamos”, não há problema. Mas quando eu digo “Eu”, isto contém uma grande força espiritual e poder espiritual. Isto é assim não somente quando eu digo, mas quando todo Mestre espiritual diz.
No meu caso, como eu tenho escrito consideravelmente, eu digo a meus discípulos para lerem meus escritos primeiro. Veja quantos anos serão necessários para que meus escritos sejam lidos com a alma! Você deve marcar as partes que mais se destacam para você, e então, lê-las novamente. Sinta que essas partes são como mantras que você repete muitas e muitas vezes. Se você gostar de um poema, pode lê-lo todo dia, se quiser. Mas você deve ler tudo, ao menos uma vez, para fazer uma seleção. Se você não ler tudo uma vez, como saberá de qual parte gosta mais? Para fazer uma seleção, você vai a uma loja e seleciona aquilo de que mais gosta. Mas, sem ver tudo, como poderá escolher?
Se um discípulo ler meus escritos como forma de meditar em mim e no Supremo, então ele está em minha consciência. Se ele os ler uma segunda vez, então novamente irá capturar minha consciência.
Obedience or Oneness, p.16-17
Virá um tempo na vastidão dos séculos, quando milhões e bilhões de buscadores recitarão e repetirão alguns dos poemas que vocês estão recitando aqui e alguns outros poemas que eu tenho escrito ou escreverei no decorrer dos anos. Por ser muito franco com vocês, estes não são meros poemas; são expressões mântricas de… vocês completam a sentença.
Agora eu estou falando a vocês numa consciência puramente humana, do mundo humano. Repetindo os mantras Védicos, incontáveis pessoas atingiram os mais altos reinos de consciência. Vocês não estudaram os Vedas e os Upanishads em Sânscrito e vocês não têm que estudá-los. Se vocês estudarem meus poemas com o mesmo espírito que os buscadores de outrora estudaram e recitaram os Vedas e os Upanishads, aí você está compelido a ser libertado.
De minha profética visão da alma, de minha visão inconfundível e inabalável da alma eu lhes falo: Muitos,muitos poemas escritos por seu Guru, não apenas inspirará e iluminará, mas também libertará incontáveis buscadores na terra, da rede de ignorância. Eu estou muito feliz, muito orgulhoso que enquanto eu esteja aqui na terra, algumas de minhas crianças estão recitando e meditando nestes poemas, tão plenos de alma.
Meditação é de suprema, suprema importância. Mas quando estiverem cansados de meditação, estes poemas, que são chamados mantras, estão aptos a inundar todo seu ser com Paz, Luz e Deleite…
Quatrocentos livros estão vendo a luz do dia. Agora, nós encontramos trezentos e noventa e nove e na próxima semana, serão quatrocentos. Fora quatrocentos livros, haverá ao menos quarenta ou, digo, dez livros, ou sete livros -ao menos sete livros – que estarão aptos a alimentá-los sem reservas e incondicionalmente, todo o tempo. E vocês podem também ser uns leitores divinamente vorazes.
Uma conversa após discípulos recitarem poemas do Ten Thousand Flower-Flames, 8 Dez. 1979
O humano em mim escreverá muito mais poemas. Pode acontecer que o humano em mim exceda o número que já oferecemos ao mundo no espaço de um dia. Mas eu desejo dizer-lhes mais uma vez como já tenho dito, que isso não é um caso de quantidade versus qualidade. O Supremo em mim ordena que eu escreva poemas, e eu lhes asseguro que Ele também me dá a capacidade de conquistar a qualidade. O Supremo em mim e o poeta em mim andam juntos. O Supremo é de imediato minha visão interior e meu julgamento exterior juntos.
Algumas pessoas que eu jamais vi, que não são meus discípulos no plano exterior, estão fazendo grande progresso-progresso mais rápido que meus discípulos de terceira ou quarta classe, a quem eu vejo freqüentemente. Esses buscadores estão obtendo muita ajuda de mim, no mundo interior. Recentemente, um livro meu, Alimento para a Alma, foi publicado. As pessoas o estão comprando e lendo e eu sou muito grato a elas. Meus escritos são minha consciência. Alta ou baixa, eles são minha consciência, e aqueles que lerem meus escritos podem entrar em minha consciência. Como estão se concentrando em importantes palavras-chave, meu ser interior vem e me diz.
Eu não sei seus nomes, mas no mundo interior eles estão obtendo ajuda abundante de mim.
Dependence and Assurance, p.27-28
Pergunta:O que podemos ganhar, lendo seu livro de aforismos, Alimento para a Alma?
Sri Chinmoy: Alimento para o corpo é necessário a todos.Todos nós sabemos o que é. Meditação é alimento para a alma. Todo dia, você pode entrar em sua mais alta consciência, se quiser, apenas meditando neste livro de aforismos. Eles são o alimento para sua alma. Leia-o e você verá que a luz está correndo em sua direção, a paz está correndo para você, a felicidade está correndo até você, a iluminação está correndo para você.
Obedience or Oneness, p.20
Pergunta:Antes de vir para o seu caminho, eu estava fazendo muitas leituras. Eu fui aconselhado a parar tudo, e eu fiz. Mas eu estou começando a sentir que talvez eu deva continuar.
Sri Chinmoy: Se você estudar meus textos, você estará tomando a minha consciência. Se você estudaroutros mestres espirituais, sem problema; não há disputa entre mim ou outros Mestres espirituais. Todos têm o direito de falar a verdade em sua própria maneira. Mas se eu disser uma coisa, e outro Mestre disser a mesma coisa de maneira diferente, você pode ficar confuso. Se quiser estar em meu barco, será melhor para você estudar meus escritos. Então depois, se você ler outros, nesse momento sua base estará forte, já que você sabe onde é a sua casa. Primeiro, você está bem estabelecido em seu lar espiritual, então você pode ir para outras casas, e ver o que elas têm. Mas eu sempre aconselho às pessoas primeiro saber onde sua própria casa é.
Perseverance and Aspiration, p.48-49
Eu desejo aconselhá-los a lerem livros sobre Mestres espirituais. Se vocês desejam ler sobre a espiritualidade indiana, vocês podem ler os livros que foram escritos sobre Swami Vivekananda. Outros foram escritos sobre Sri Ramana Maharshi e Sri Aurobindo. Se vocês lerem sobre a vida dos grandes Mestres, vocês estão impelidos a serem inspirados.
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
Ele trabalha como servidor público e desde 2003 é professor voluntário nos cursos de meditação do Centro Sri Chinmoy, dando aulas também na USP, Unicamp, UFPR, UFSCar, BB e CEF.
Perguntas sobre meditação 21: como esquecer o passado
Pergunta:Como posso me assegurar de estar fazendo um bom progresso se o meu passado não era nada aspirante?
Sri Chinmoy: Suponha que por dezessete anos você fumou, bebeu e usou drogas, mas hoje você não está mais fazendo essas coisas. Você viu que aquilo era ruim e então o cortou, como a parte de uma fruta que está podre. Agora a obscuridade e a impureza estão indo embora da sua consciência e novamente você está se tornando luminoso. Hoje você está clamando por perfeição.
Antes você era todo imperfeição. Agora você é cinqüenta por cento perfeito e a sua perfeição está aumentando. Agora você está obtendo sólidas experiências. Você está crescendo na luz. Então, por que se preocupar com seu passado impuro e obscuro? Pense somente no futuro. Eu sempre digo: “O passado é pó”. Não olhe para trás. Viva apenas na imediação de hoje e cresça no futuro dourado.
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
Ele trabalha como servidor público e desde 2003 é professor voluntário nos cursos de meditação do Centro Sri Chinmoy, dando aulas também na USP, Unicamp, UFPR, UFSCar, BB e CEF.
Perguntas sobre meditação 20: como manter a disciplina para meditar
Pergunta:Como podemos dar o primeiro passo na direção de uma disciplina construtiva em nossa prática meditativa?
Sri Chinmoy: Vamos tomar a disciplina como um músculo. Não podemos desenvolver músculos muitíssimo poderosos da noite para o dia. Devagar e aos poucos temos de desenvolvê-los. Primeiro, você deve saber por quantos minutos consegue meditar. Se consegue meditar por cinco minutos, significa que nesses cinco minutos você está se disciplinando. De manhã cedo, enquanto seus amigos e seus parentes ainda estão no mundo do sono, se você se levanta para rezar e meditar por cinco minutos, está se disciplinando.
Como você pode aumentar a sua disciplina? O jeito mais fácil é desenvolver uma sede verdadeira, um choro interior, pelos frutos da disciplina. Você pode fazer isso vendo o que acontece quando leva uma vida disciplinada e quando não leva uma vida disciplinada. Você mesmo tem de ser o juiz. Ao se levantar às cinco ou seis horas e meditar por quinze minutos ou meia hora, você se sente extremamente bem. Você sente que o mundo inteiro é belo. Você ama a todos e todos o amam. Acriação de Deus é todo amor por você. Porque você se levantou e meditou por alguns minutos, está inundado com bons pensamentos. Cada pensamento é um mundo em si mesmo. A realidade diária que vemos à nossa volta não é o único mundo. Existem muitos mundos. Por ter se levantado e meditado, você está correndo, pulando e voando nos mundos de bons pensamentos, da beleza, da alegria, da paz e da luz.
Mas no dia em que não se levanta cedo para meditar, você odeia o mundo, odeia a si mesmo, e sente que todo o mundo o odeia. Portanto, você mesmo pode ver a diferença. Não é que você nunca tenha meditado de manhã cedo. Os resultados positivos você já teve várias, várias vezes. Muitas vezes você meditou e muitas vezes não meditou. Você sabe o resultado de cada um. Se for esperto, se for sábio, as boas coisas você vai repetir sempre e as coisas ruins você vai evitar.
Se você está achando difícil disciplinar-se para fazer alguma coisa, veja o resultado. Se você subir em uma árvore, conseguirá frutas muitíssimo deliciosas. Se não subir, não conseguirá as frutas. Você vê que, quando alguém é disciplinado, pode subir e apanhar a manga mais deliciosa e comê-la para a alegria do seu coração. Se você se disciplinar, também poderá fazer o mesmo. Desse jeito, conseguirá uma tremenda satisfação. Por pensar nessa satisfação, você pode facilmente se disciplinar. Não há outra maneira.
Você está vendo pessoas à sua volta que estão chafurdando nos prazeres da preguiça. Existem muitas no barco-preguiça. Mas você pode dizer: “Não, não quero mais ficar nesse barco. Quero ter um novo barco, o barco que navegará em direção à Margem Dourada, em direção à Meta”. Depende de você. Você pode facilmente se disciplinar a si mesmo lembrando-se da alegria que consegue quando se disciplina e da infelicidade que tem quando não age assim.
What I Need From God, p. 20-23
Pergunta: Como podemos achar alegria numa disciplina rígida?
Sri Chinmoy: A mente chama a isso de disciplina. O coração chama a isso de um processo pelo qual alcançamos alguma coisa ou ganhamos alguma coisa. A alma não chama a isso nem mesmo de processo. A alma sente que o que chamamos de disciplina não só incorpora a realidade-deleite, mas é a própria realidade-deleite.
Qualquer coisa que queiramos fazer é imediatamente vetada pela mente. Mesmo se esta quis alguma coisa há dois dias ou há dois anos, ela estará pronta para vetar a mesma coisa agora. Essa é a nossa mente malandra. Mesmo se ela quis alguma coisa ontem, hoje ela jogou fora a sua vontade consciente. Com o nosso coração ou com o nosso vital nós queremos algo, mas a nossa mente logo diz: “Não, não pegue isso”. Portanto, disciplina na nossa vida comum nada mais é do que punição, precisamente devido à má vontade da mente.
Aqui nos Estados Unidos vocês não sofreram de malária e eu espero que ninguém jamais venha a sofrer dessa doença. Na Índia, como sofri de malária! Uma vez, meu irmão mais velho e eu ficamos doentes no mesmo dia. Vocês não podem imaginar o quão doloroso isso é. Todos os nervos sutis e pesados começam a dançar. Que dor! Você simplesmente grita e berra. Antes dela, talvez você não saiba nenhuma acrobacia ou exercício especial, mas assim que você pega malária vira um especialista. Com os seus exercícios, você pode competir com os melhores acrobatas. A dor o obriga a isso. Numa outra hora qualquer, se você me pedisse para fazer aquele exercício, eu diria: “impossível!” Mas quando peguei malária, estava com tanta dor que poderia fazer todos os tipos de acrobacias.
O único remédio que temos contra a malária se chama quinina. É extremamente, extremamente amargo. Nenhum outro remédio é tão amargo quanto a quinina. Mas quinina é a salvação. Se não aceitamos a salvação, como vamos nos livrar da nossa febre? A ignorância nos domina. A ignorância é o nosso mestre, mas não queremos mais esse mestre. Precisamos de alguém mais forte do que o nosso mestre atual, alguém que possa derrotar o mestre atual. Queremos conhecimento para sermos nossos próprios mestres. Ele na forma de disciplina, que é como quinina. Se aceitamos essa disciplina, então podemos vencer a ignorância. Temos de saber que a disciplina é o nosso novo mestre, novo guia, novo salvador. Vamos dar o mais alto posto à disciplina.
Hoje, ao pensar em disciplina, você sente que ela nada mais é do que uma punição encarada a todo momento. Mas tente sentir que ela é a sua ajuda, a sua guia, a sua inspiração, a sua aspiração, até mesmo a sua realização. É a disciplina que pode e vencerá as forças não-divinas em você e ao seu redor. Pense na disciplina como um novo mestre que está ajudando você a aprender alguma coisa nova, significativa, plena e frutífera. Assim, você não precisa aprender mais nada do seu velho mestre. Seu velho mestre era a letargia, a escuridão, a ignorância e todas as forças negativas. Agora você tem de dar à disciplina o valor máximo. Ela é o seu novo mestre. Ela incorpora luz e está mais do que disposta a oferecer luz a você. Só assim você não ficará com medo da disciplina. Pense no que você não tem agora e que ela dará a você. Ao fazer esse tipo de comparação, você verá que está nadando no mar-ignorância e que a disciplina está lhe dizendo: “Pobre garota, por que está sofrendo? Eu tenho luz, deleite, paz e felicidade em quantidade ilimitada. Venha aqui, é tudo para você.” Então você vai lá, onde tudo é luz e deleite. E quem está lhe dando essa luz, esse deleite? A disciplina, sua guia, sua salvadora.
Patanga começou a prática diária de meditação aos 19 anos de idade sob a orientação de Sri Chinmoy. Encarando a meditação como uma das facetas da vida, a corrida, música, jogos de tabuleiro, escrever, emprego e amor ao próximo foram surgindo — e algumas bastante desafiadoras, como a ultramaratona de 10 dias de duração.
Ele trabalha como servidor público e desde 2003 é professor voluntário nos cursos de meditação do Centro Sri Chinmoy, dando aulas também na USP, Unicamp, UFPR, UFSCar, BB e CEF.