Sites de meditações diárias e matinais inspiradoras
Começamos duas postagens de aforismos e meditações nos sites
Esperamos que aproveitem!
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CComeçaremos um curso de meditação gratuito em Guarulhos!
Enquanto isso, compareça no curso de São Paulo!
O próximo curso em São Bernardo do Campo será no meio de setembro.
Para mais informações, acesse a página do curso em SBC.
Pergunta: Como uma pessoa pode ter certeza de que realmente tem aspiração?
Sri Chinmoy: Uma pessoa pode ter certeza de que tem aspiração pelo mero fato da questão ter entrado em sua vida. Você tem aspiração. De outra forma não teria vindo aqui. Teria se tornado um amigo perfeito do desejo. Qualquer um que venha a um lugar espiritual ou queira ver um Mestre espiritual, certamente tem aspiração. Você poderá dizer que algumas pessoas vieram aqui por curiosidade. Mas mesmo na curiosidade há aspiração. Senão a pessoa diria: “Quem se importa com a vida espiritual? Isso tudo é inútil.” Mas se a pessoa tem alguma curiosidade, ela dirá: “Deixe-me ver como um homem espiritual se parece e o que os outros estão fazendo.” A curiosidade é um tipo de avidez sutil, uma avidez inconsciente por aprender algo, por fazer alguma coisa, por se tornar alguma coisa. A curiosidade é a precursora da aspiração. Aqui e ali há muitas, muitas pessoas que são sinceras e uma ou duas que são apenas curiosas. Os muitos que são sinceros serão facilmente capazes de inspirar as pessoas curiosas.
Voltando à sua pergunta, você tem aspiração. Mas se estiver consciente da sua aspiração e confiante disso, fará um progresso melhor. Se tiver dúvida da existência dela na sua vida, não será capaz de marchar como um herói. Você tem aspiração, logo, deve tentar correr tão rápido quanto possível, como um cervo. Se não tentar, irá apenas se arrastar como um carro de boi. Nos é dada a oportunidade de andar devagar ou correr rapidamente. Por favor, tente correr.
O próximo curso de meditação em São Paulo será no início de Setembro.
Para participar, acesse a nossa página de informações sobre os cursos.
Estamos planejando voltar a dar cursos de meditação em Joinville – SC. Acesse a página para mais informações.
O próximo curso em SP terá início no começo de agosto, e será durante a noite e fim de semana. Todos os nossos oferecimentos são gratuitos.
Lembramos que os cursos são para quem busca um propósito maior na vida, e não são indicados como terapia ou controle de ansiedade.
Para participar, acesse a página do curso em São Paulo.
Se alguém tem dificuldade em meditar porque não tem disciplina e não consegue se concentrar, qual seria a solução que você poderia recomendar? Como é possível desenvolver autodisciplina e melhorar a meditação?
Sri Chinmoy: Nesse caso, a pessoa deve começar com a concentração. A meditação será muito difícil para ela.
A autodisciplina vem através da concentração correta, especialmente sob a orientação de um Mestre capaz. É necessário ter uma vida disciplinada enquanto se pratica a concentração. Se sua vida não é até certo ponto disciplinada, a meditação será sempre muito difícil para essa pessoa. Ele será como um aluno do jardim de infância que quer estudar no ensino médio. Cada buscador deve começar na vida espiritual com a concentração. Ao se concentrar, tenta-se controlar os próprios pensamentos, as próprias emoções. A pessoa se torna um herói divino e entra no campo de batalha da vida, onde não pode haver dúvida, não pode haver medo. A dúvida e o medo são superados através da concentração.
Como é possível manter a mente sem nenhum pensamento?
Sri Chinmoy: No início, a não ser que a pessoa seja espiritualmente muito avançada, será impossível não ter pensamento. Mas, se continuar a meditar por alguns meses ou anos, verá que é bastante possível entrar na meditação sem pensamentos. (…) Comece com um pensamento, com uma ideia, com um conceito da Verdade, de Deus. Após quinze minutos ou meia hora, o pensamento já terá cumprido o seu papel. Então espontaneamente vá além do pensamento e se identifique com alguma realidade. Assim a formação mental de quaisquer pensamentos ou ideias cessa. O que resta é apenas Realidade – Deus a Realidade, ou qualquer um que você tenha escolhido como objeto da sua adoração. E essa Realidade o leva, o carrega até a sua Meta.
Do livro Promised Light from the Beyond
por Patanga Cordeiro
Separei uma história da minha vida para contar para vocês. Mas, se esperam começar a meditar para conseguir passar no vestibular, talvez fiquem surpresos, pois não é como parece. A história vai além disso. Curioso(a)? Leia em frente.
Minha história começa enquanto trabalhava de dia e fazia à noite faculdade particular de sistemas de informação. Eu estava me programando para estudar para passar no vestibular na Universidade Federal do Paraná, que além de gratuita e de qualidade, ficava a poucas quadras de casa. Isso foi logo depois de eu ter visitado meu professor de meditação Sri Chinmoy em Nova Iorque pela primeira vez, em 2005.
Fazia já uns 4 anos que tinha terminado o ensino médio, então as matérias não estavam frescas na cabeça. Fiz a minha matrícula no cursinho Dom Bosco, que eu já tinha feito na época do ensino médio, mas, como não havia mais tempo e nem dinheiro, escolhi fazer o super intensivo, que é um cursinho de um mês apenas de duração, logo antes do vestibular.
Voltando da minha viagem com propósito espiritual, onde meditamos um bocado, por sinal, eu me sentia extremamente feliz. Tão feliz que ficou muito fácil definir prioridades. Aí vem a primeira surpresa da história: comecei a faltar as aulas na faculdade. Enfim, eu tinha coisas mais importantes para fazer, como participar das reuniões do nosso Centro de Meditação, aprender e decorar canções e mantras novos, praticar música, traduzir livros sobre meditação, correr, etc. Tudo isso era muito mais importante que as aulas. E eu me sentia cada vez mais feliz e satisfeito fazendo essas coisas. Fica difícil usar outras palavras, mas quem sabe “estar apaixonado por Deus” é uma maneira viva de descrever como eu me sentia. Era um sentimento de satisfação tangível, que fazia com que a minha intuição sobre o que fazer, falar ou escolher ficasse bem natural. Isso vai fazer todo o sentido no final da história.
Outra coisa que ajudou é que eu fazia muitas traduções dos livros de Sri Chinmoy, e por isso fui obrigado a aprender a escrever português corretamente (que foi um enorme desafio, acreditem!) e ajudou bastante na redação e na disciplina de português.
Chegou a época de começar o cursinho super intensivo – aulas à noite, só durante 4 semanas.
No mesmo ritmo de antes, participando das atividades quase diárias da meditação faltei quase todas as aulas do cursinho pré-vestibular, exceto as de matemática, que tinham peso dois para o vestibular do meu curso. Eu estudava no trajeto de ônibus entre o trabalho e as atividades da meditação. Isso é, quando não me enfezava e ia aprender mais canções ao invés de ficar estudando fórmula de Bhaskara. Eu chegava até a orar: “Supremo, se eu passar em segunda chamada, sétima chamada, ou qualquer chamada, já está mais que bom – passando já vai ser um milagre!”
Peguei a minha bicicleta e fui até o local de prova. Amarrei ela num poste e parei para meditar por uns minutos antes de me dirigir à sala. Logo senti novamente uma felicidade muito grande. Fui um dos últimos, e entrei na sala com o sorriso amplo (eu não sou de sorrir muito), e vi o rosto meio desesperado dos colegas na sala. Sorri para os que me olharam, desejando-lhes em silêncio o melhor.
Fiz a prova rapidamente, e fui um dos primeiros a entregar a prova e sair da sala. Eu nunca fui inteligente ou estudioso, nunca tive as melhores notas na escola, e faltei na maior parte das aulas do cursinho, mas, ainda assim, pensei novamente: “Supremo, quem sabe na segunda chamada eu passo – se Você quiser, se achar que mereço, Você me passará!”
As semanas se passaram enquanto esperava o resultado. Acho que foi no domingo de manhã, antes da divulgação oficial do resultado do vestibular, que recebi uma ligação do cursinho: “Sr. Patanga? O senhor foi aprovado em primeiro lugar no seu curso no vestibular! Gostaríamos que comparecesse aqui para fazermos uma gravação para a TV.” Eu perguntei se seria uma entrevista para conversar sobre o assunto, compartilhar como cheguei lá, mas me informaram que não teria conteúdo – seria só eu segurando algum tipo de troféu, uma propaganda para o cursinho. Então agradeci o convite e recusei, pois tinha coisas melhores para fazer com o me domingo do que só mostrar a cara na TV.
Desligando, o telefone, eu não fiquei emocionado, nem feliz, nem nada. Parei pensativo. Peraí! Eu nunca estudei muito (mas estudei um pouco, quando dava), faltei quase todas as aulas (menos as mais importantes), e estava cheio de coisas que considerava mais importantes para o meu “eu” de verdade, que são as coisas da minha vida espiritual – ou seja, o vestibular realmente estava em segundo plano. Ainda assim, não só passei no vestibular da universidade federal, como passei em primeiro lugar!
Eu parei e pensei: “Deus, se Você queria me passar no vestibular, podia ser até em último lugar… porque em primeiro, então?” A conclusão que cheguei é que, se eu tivesse passado em último lugar talvez eu desse razão para outra coisa: tinha estudado um pouco, estava tranquilo no dia da prova, a competição podia estar mais fraca naquele ano, sorte nas perguntas que apareceram na prova, etc. Mas tirar primeiro lugar não se justificaria com isso. Ele foi um milagre. Claramente Alguém queria que eu soubesse que Algo especial havia acontecido. Senti também que foi uma confirmação que Ele quis me dar, dizendo que eu deveria continuar com a minha postura de priorizar a vida espiritual acima de todas as coisas. “Buscai o Reino de Deus e as suas coisas, e tudo o mais seguirá.”
Quando faço que eu posso,
O meu Amado Supremo faz por mim
O que eu não posso.
– Sri Chinmoy
No entanto, deixo uma recomendação: não vão parar de estudar por aí! Eu contei a minha história – a SUA história não será igual à minha. O que é importante é ouvir a sua voz interior. Não a sua voz de preguiça, nem a sua voz de grandiosidade. A voz do coração é sublime, sutil e poderosa. Ela quer a sua felicidade. A forma mais fácil de aprender a ouvir a voz do coração é através da prática espiritual, seja a oração ou meditação diária, como a primeira atividade do seu dia, logo após acordar.
por Patanga Cordeiro
Os discípulos sinceros de todos os grandes Mestres espirituais levaram uma vida de pureza absoluta, que é necessária para alcançar o verdadeiro Eu interior. No entanto, para os que já possuem família, igualmente os Mestres deixaram estruturas para otimizar o seu progresso na condição atual, enfatizando que é possível chegar na meta assim, praticando com sinceridade e pureza.
Num dos meus livros favoritos, o Evangelho de Sri Ramakrishna, o editor fez uma compilação dos seus ensinamentos, que, apesar de não serem 100% idênticos, não são muito diferentes de todos os outros Mestres verdadeiros, assim como Sri Chinmoy. Fiz uma tradução e comparitlho aqui com vocês, pois acho que já dá um norte para quem busca com sinceridade.
Posso também recomendar outros livros inspiradores para quem está buscando.
“(Para os chefes de família…) a renúncia deve ser mental. A vida espiritual não pode ser alcançada fugindo das responsabilidades. Um casal deve viver como irmão e irmã após o nascimento de um ou dois filhos, devotando o seu tempo a conversas espirituais e contemplação. Ele encorajava os devotos chefes de família, dizendo que de um certo lado sua vida era mais fácil do que a de um monge, pois é uma vantagem lutar de dentro de uma fortaleza se comparado com lutar num campo aberto. Ele insistia, no entanto, que buscassem solitude de vez em quando, reforçando sua devoção e fé em Deus através de oração, japa e meditação. Ele prescrevia a eles a companhia de sadhus (devotos praticantes espirituais sinceros), e também pedia que realizassem seus deveres mundanos com uma mão, enquanto segurassem Deus com a outra, e que orassem a Deus para tornar seus deveres cada vez mais escassos, para que num dia eles possam ater-se a Deus com ambas as mãos. Sri Ramakrishna desencorajava tanto nos chefes de família quando nos jovens celibatários qualquer tipo de meio termo quanto aos desafios espirituais. Ele nunca os pedia que seguissem sem discriminação o caminho da não resistência, que por fim torna os desavisados covardes.
“(Mas para os jovens…) através da prática de continência, os aspirantes desenvolvem um nervo sutil através do qual eles compreendem os mistérios mais profundos de Deus. Para eles, o auto-controle é final, imperativo e absoluto. Os sannyasis são professores dos homens, e suas vidas devem ser completamente isentas de marcas. Eles não devem nem mesmo olhar para uma foto que possa despertar seus instintos animais.”