Uma das principais qualidades que um buscador espiritual deve aprender no início de sua jornada rumo a realização em Deus é a disciplina. Quando falamos de disciplina, normalmente as pessoas a entendem como algo árduo e com sofrimento, uma coisa que irá fazer com que ela cumpra o seu dever como algo que lhe foi imposto.
Na vida espiritual, a disciplina tem um papel fundamental. É claro que existem muitas outras qualidades a serem desenvolvidas. Porém, antes de tudo, a disciplina é algo que, quando conquistada, nos oferece uma outra qualidade, chamada alegria. Não existe nada mais alegre do que conquistar um objetivo proposto por nós mesmos. Quem não se sentiu feliz ao alcançar um objetivo, tal como: passar em uma prova, completar uma maratona, conseguir emagrecer, etc? Certamente o que todas essas conquistas tem em comum é a disciplina que a pessoa teve para alcançar o objetivo.
Sri Chinmoy escreveu vários textos sobre disciplina. Dentre eles:
“Somente uma vida de disciplina, Tem a capacidade de correr mais rápido que o mais rápido para o Inifinito. Uma vida de disciplina Simplifica todos os problemas mundanos do buscador, E acelera sua jornada para Deus Muito além da sua imaginação.”
– Sri Chinmoy
O simples fato de o buscador espiritual acordar cedo para meditar, no mesmo horário e todos os dias, faz com que ele comece a desenvolver essa qualidade divina fundamental para se alcançar a Meta. Junto com a disciplina, existem outras três qualidades divinas que o buscador espiritual no início de sua jornada deve possuir, mesmo que de forma latente. São elas:
Determinação
Sem essa qualidade o buscador não será capaz de superar os obstáculos que surgirão em sua frente. A determinação nos faz ir além, nos faz transcender aquilo que nos puxa para trás, e até mesmo acelera o nosso processo, para que alcancemos os nossos objetivos. Um bom exemplo é a letargia que aparece no momento de nossa meditação. O único remédio para a letargia é a determinação. Isto é, estando consciente de onde queremos chegar, facilmente levantaremos da cama com toda energia para meditar logo pela manhã.
Coragem
A vida espiritual é um mergulho rumo ao desconhecido. Sabemos que o destino final é a Realização em Deus, mas o caminho até ele é desconhecido. Ao adentrarmos na vida espiritual, não sabemos o que virá pela frente, porém a coragem nos dará forças para caminharmos na vida espiritual sem temer os obstáculos que aparecerão. No decorrer desse caminho, a coragem nos guiará – não para desviar dos problemas, mas sim enfrentá-los com toda determinação.
Paciência
Essa qualidade realmente possui muita força – apesar de não parecer. De acordo com Sri Chinmoy, ninguém atingirá a realização da noite para o dia, pois é um processo que leva tempo. A paciência é fundamental para sabermos que um caminho espiritual leva tempo para nos levar ao destino. Portanto, os frutos da meditação não virão do dia para a noite. Temos que esperar o momento certo, a Hora de Deus, para apreciar os frutos da vida espiritual.
Cada qualidade divina está ligada uma à outra, porém algumas delas só serão desenvolvidas com a meditação. A disciplina é algo que todos nós temos, alguns mais e outros menos, e o que precisamos para desenvolvê-la é de apenas uma pequena mudança de hábitos em nossas vidas. E, finalmente, com um pouco de disciplina, as outras qualidades virão a florecer de modo gradual na vida de qualquer pessoa que se dedique à vida espiritual.
Falando em auto-transcendência, o triatlo (triathlon) é um esporte que se encaixa perfeitamente. Esse esporte agrupa três modalidades que isoladamente já requerem grande esforço físico e de concentração. São eles: natação, ciclismo e corrida. Há tempos eu já praticava esses três esportes isoladamente, porém, a partir de 2011 e inspirado na filosofia de auto-transcedência de Sri Chinmoy, resolvi praticar o triatlo. Sri Chinmoy foi um grande atleta e músico, que compôs músicas para diversos esportes, e o triatlo não ficou de fora. Abaixo segue a letra da música (minha tradução), que Sri Chinmoy escreveu e que me inspirou nessa jornada.
Eu amo o meu grande triatlo. Ele mostra ao meu coração o Alvorecer-Visão-Deus. Eu nado no mar de luz prateada, Eu pedalo ao longo da estrada de deleite dourado, Eu corro com o sorriso do Além. Meu clamor interior é o Tesouro-Diamante de Deus.
Eu percebi o significado dessa música quando fui atrás do grande desafio esportivo da minha vida até então, o Ironman, que são 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida, ou seja, uma maratona. Com apenas seis meses treinando triatlo, eu já buscava esse desafio. Durante a prova eu realizei que a meditação foi o meu principal treinamento para a prova. Mas é claro que o preparo físico na natação, ciclismo e corrida também tiveram papel importante nessa jornada.
Acima: Adriano completando o Ironman em 12 horas e 6 minutos.
O Ironman é uma prova muito longa e exaustiva, que eu acredito que se as pessoas que fazem um Ironman o fizerem com a mente, certamente sofrerão muito ou então nem chegarão ao final da prova. A maior dificuldade do Ironman é controlar a mente, fazer com que ela não se torne um adversário, e sim um aliado. É nesse momento que entra a meditação.
Segundo Sri Chinmoy, existem três estágios que conduzem à realização, que são: a concentração, a meditação e a comtemplação. Durante o Ironman, é preciso estar concentrado naquilo que você está fazendo. Seja nadando, pedalando ou correndo, é fundamental acalmar a mente e trazer à tona aquilo que o atleta conquistou nos treinos, de forma tranquila. A meditação durante a prova acontece quando o atleta está totalmente concentrado na modalidade que ele está praticando e focado no verdadeiro objetivo da prova, que é a auto-transcendência, onde o principal adversário é o próprio atleta e não aqueles que estão a sua volta.
Aqueles que já praticaram um esporte de longa duração como, por exemplo, uma maratona ou um Ironman, sabem que, quando a energia do corpo começa a se exaurir, a mente entra com um verdadeiro bombardeio de pensamentos dizendo para o atleta parar de correr, desistir da prova, pois aquele esforço é demais para ele. Segundo Sri Chinmoy, a mente nos enfraquece e a melhor maneira de contorná-la é silenciando-a, fazendo assim com que esses pensamentos não apareçam, bloqueando-os antes mesmo de surgirem. Esta é a essência da meditação: silenciar a mente, para que possamos entrar em unicidade com o nosso piloto interior, a alma.
Todas as pessoas possuem um talento latente para a meditação, porém os atletas já praticam o primeiro estágio da meditação, que é a concentração. Eles sem dúvida alguma conseguiriam praticar meditação e seguir em frente nesse universo de auto-descoberta. A busca pela auto-transcendência nos esportes e na meditação são caminhos paralelos, e um inspira ao outro. O praticante da meditação será inspirado a praticar esportes, e o atleta fica inspirado a buscar a meditação.
Run and become. Become and run. Run to succeed in the outer world. Become to proceed in the inner world.
Hoje pretendo compartilhar umas dicas, de fato, ancestrais para a meditação. São coisas simples, mas que, se adicionandas, com o tempo farão grande diferença.
Quando meditar?
Todos os dias, em um horário fixo, logo após acordar. Se quiser priorizar o seu progresso, comece a sua meditação antes das seis horas da manhã.
Um atleta treina todos os dias, em um horário certo, por um tempo certo. Se pretende ser um atleta interior, pode usar as mesmas ferramentas: disciplina, sinceridade e regularidade.
Não é incomum hoje em dia alguém (às vezes, um “amigo”) observar a disciplina e sinceridade de outra pessoa e dizer: “Isso é loucura, o melhor é ficar à vontade!” Cada pessoa vai obter o resultado de sua ação, cedo ou tarde. Você mesmo tem de optar por aquilo que deseja.
Preparando-se para meditar
Nas palavras de Sri Chinmoy:
“Antes de começar a meditar, seria muito bom se você pudesse tomar um banho. A limpeza do corpo ajuda muito na purificação da consciência. Se não for possível tomar um banho, você deve ao menos lavar o rosto. Também é aconselhável usar roupas leves e claras.”
“Não é bom meditar após ter ingerido uma grande quantidade de comida. O corpo tem milhares de nervos sutis, que se tornam pesados após uma grande refeição, não permitindo meditar apropriadamente. O corpo, a consciência e os nervos estarão pesados e sua meditação não será boa.”
Onde meditar?
Num lugar solitário, que você usa todos os dias para meditar – e somente para meditar. Pode ser um canto em seu quarto – alguns usam uma pequena mesa coberta com um pano belo ou montam uma prateleira na altura dos joelhos. Nele, você pode, colocar coisas que o inspiram: flores e incenso (pureza), uma vela (para inspiração da mente ou para um exercício de meditação) e a foto ou imagem do seu Mestre (ou de um Mestre que você admire, como o Cristo, Buddha ou Krishna).
“Se queimar incenso e mantiver algumas flores em frente ao altar, isso também o ajudará. O aroma do incenso talvez lhe proporcione apenas uma gota de inspiração e purificação, mas essa gota é adicionada ao seu tesouro interior. O mesmo acontece se mantiver uma vela acesa durante a sua meditação. A chama da vela por si só não lhe trará inspiração, mas, quando você a observar, imediatamente sentirá a chama de aspiração do seu ser interior subir alto, mais alto.” – Sri Chinmoy
Assim, ao utilizá-lo somente para esse fim, o local terá uma vibração própria e santificada, que o inspirará a meditar e o ajudará a mergulhar mais fundo em sua meditação.
Como meditar?
Medite no coração. Comece afastando os seus pensamentos, utilizando a concentração, tentando deixar a mente em paz. Você pode usar também a respiração para esse fim. A partir desse ponto, use qualquer um dos exercícios de meditação que conheça.
Para saber mais – CURSO GRÁTIS DE MEDITAÇÃO
Aqui demos algumas dicas principais. Se tiver interesse em aprender exercícios e mais dicas, sugiro participar do nosso curso gratuito de meditação. Você pode ler mais no site, mas a teoria nunca substitui a experiência de praticar.
Junho de 2005 é um mês muito especial – a data em que comecei a aprender sobre o universo da meditação. Nessa época eu já praticava esportes com alguma intensidade, porém sem grandes metas. Quando conheci a filosofia de Sri Chinmoy, que nos ensina o caminho da Auto-Transcendência, percebi que tinha encontrado algo realmente incrível.
A Auto-Transcendência interior me ensinou que devo ir cada vez mais adiante na meditação, romper barreiras e me conhecer melhor, isto é, encontrar a verdadeira felicidade. De acordo com Sri Chinmoy, o mundo interior e exterior caminham juntos, e lendo e conhecendo cada vez mais sobre este grande atleta, poeta, escritor, artista e promotor da paz e harmonia mundial, percebi que tinha que colocar em prática essa filosofia na minha vida.
Desde então, comecei a me disciplinar na vida espiritual, através da meditação, e na vida exterior, através dos esportes. Logo descobri que a disciplina exterior é uma grande aliada da vida interior, e que só tinha a ganhar fazendo esportes e indo cada vez mais longe, com minha Auto-Transcendência. Além do mais, um corpo saudável é capaz de meditar com muito mais intesidade.
Comecei a criar metas na minha vida esportiva. A primeira foi começar a correr sem saber nada sobre corridas e em três meses correr uma São Silvestre. Dois anos depois, fiz minha primeira maratona. Hoje sou triatleta e farei meu primeiro Ironman em poucos dias. Só não sei ainda onde isso vai terminar, se é que a Auto-Transcendência tem fim.
Uma coisa eu tenho certeza, quando comparo minha vida antes e depois da meditação percebo o quanto mudei. Hoje sou uma pessoa com objetivos definidos, tanto na vida espiritual quanto no vida material. E uma coisa é certa, sou uma pessoa cada vez mais feliz com o que faço e comigo mesmo. Graças a essa grande pessoa, Sri Chinmoy.
Em Cingapura (que é uma metrópole no estilo São Paulo ou Nova Iorque), um taxista me deixou na frente de um templo que eu queria visitar com alguns colegas. Logo em seguida outro taxista parou e me explicou que talvez eu quisesse visitar o outro – o maior de Cingapura, que era próximo. Ele me viu e imaginou que o primeiro taxista tivesse se enganado. Eu, sendo brasileiro, fiquei meio desconfiado de que ele só quisesse me cobrar algo, mas por fim senti que deveria ir. Ele realmente me levou para o templo correto. E não quis cobrar – se um colega taxista tinha me deixado no local errado, ele sentiu que era seu dever me deixar no lugar certo, mesmo que isso lhe custasse tempo e combustível. Eu ofereci alguns dólares, mas tive que insistir para que ele aceitasse – ele só aceitou quando eu expliquei que era não pela corrida, mas pela sinceridade e amabilidade que demonstrou. Para ele, isso era simplesmente parte do seu dia-a-dia.
Chegando de volta em Guarulhos, a situação muda um pouco. Cingapura tem um aeroporto maior do que Guarulhos. No entanto, mesmo sendo menor, o de Guarulhos é muito mais desorganizado – fiquei um pouco desnorteado, por estar me acostumando com um padrão diferente na Ásia. Ao embarcar no ônibus que iria me levar para a rodoviária, um senhor fura a fila grosseiramente – quase empurrando. Vale notar que o ônbibus só iria sair depois que todos tivessem embarcados, o que quer dizer que não havia nem mesmo motivo para que ele furasse a fila. Diversas experiências similares repetiram-se em poucas horas depois da minha chegada no Brasil.
Isso tudo me deixou pensando. Como resolver? É preciso resolver? De onde essas imperfeições se originam?
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De onde essas imperfeições se originam?
Minha humilde resposta é que se originam de cada ego individual, auxiliado pelo “ego geral” do seu ambiente – que, de novo, é constituído pelos egos individuais. A gente cria a nossa própria realidade. Se uma pessoa se comporta bem, outra pessoa se comporta bem, todos se comportam bem, o país se comporta bem – e forma uma BASE moral e espiritual para um verdadeiro progresso interior e exterior. A partir dessa base, a aspiração individual pode seguir desobstruída e caminhar em direção a uma maior perfeição. Não dá pra por a culpa no presidente e nem nas outras pessoas. Cada um é responsável pelo seu pequeno mundo – que cresce.
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É preciso resolver?
Como resolver?
Tenho a impressão que, por mais que as boas ações sejam de valia, elas não são a resolução definitiva para as questões de transformação.
Confesso que tenho pensado e que, a cada dia que passa, fico mais certo de que a mudança tem de vir a partir do interior de cada um: a transformação de cada ego individual em um coração-unicidade cheio de pureza, sinceridade e humildade. E a virtude moral, por mais que seja de ajuda, não basta para a transformação interior completa. É necessário mais. É necessário querer essa transformação. É preciso estar DESPERTO para essa NECESSIDADE. É o motivo pelo qual existimos – não para comer, dormir, procriar ou simplesmente manter um certo nível moral – mas para tornar a nossa natureza humana aquilo de mais elevado que possamos imaginar. Imagine a Perfeição de Deus. Acho que a nossa meta não é e nem pode ser nada menos do que isso. Começamos pouco a pouco, mas logo adquirimos velocidade. E, como tudo na vida, um dia reparamos em quanto progresso fizemos. E isso nos traz uma satisfação enorme, tão enorme que quaisquer conquistas materiais (status, emprego, posses, etc.) empalidecem até o ponto de trânsparência diante da realidade e preenchimento que as conquistas interiores nos trazem.
Esse DESPERTAR acontece numa certa hora para cada pessoa. Sri Chinmoy a chama de “a Hora de Deus”. Pode ser que não tenha chegado ainda para o seu vizinho ou colega de trabalho. Mas talvez tenha chegado para você, que parou para ler este artigo. Quem sabe?
Desejo-lhe todo o entusiasmo, alegria e força de vontade em sua jornada, que começa e recomeça a cada momento.
“Our outer achievements
Will sooner or later
Pale into insignificance.”
“Our inner achievements
Pave the way
To our destined Goal.”
– Sri Chinmoy
Seventy-Seven Thousand Service-Trees, Part 39, Agni Press, 2004. Poemas de números 38.126 e 38.127. Mais leituras em www.srichinmoylibrary.com (todos os livros são de acesso gratuito)
My heart of love Is divinely beautiful. I love my beautiful heart.
My heart of devotion Is eternally soulful.
I love my soulful heart.
My heart of surrender Is supremely fruitful.
I love my fruitful heart.
– Sri Chinmoy
Por Patanga (foto)
O coração espiritual é a sede das emoções mais elevadas. Uma das emoções mais significativas que ele pode nos proporcionar é a de sermos Um com a Luz, a Alegria, ou, simplesmente, Deus. Isso é Amor.
O sentimento de possuir algum objeto (ou pessoa) ou satisfazer um desejos é algo que não se fundamenta no coração. Também, por conta disso, traz felicidade que não é plena e nem permanente. Alguém compra um carro (ou qualquer outro objeto dos seus desejos) acreditando que será feliz derradeiramente. Mas depois surge mais um desejo, e ele o troca por um melhor. Depois compra mais um, e assim por diante.
Já a sensação de estar feliz consigo mesmo, a despeito das situações exteriores, é algo que radica da nossa satisfação plena. Essa satisfação é o resultado de o quão profundamente conseguimos alcançar o nosso Ser interior, a nossa alma, a qual é toda Perfeição.
E a porta para a alma é o nosso coração espiritual.
Como meditar no coração?
Vou ensinar um exercício que Sri Chinmoy valorizava e encontra-se publicado no livro Jewels of Happiness. A parte em itálico é o exercício de Sri Chinmoy. O restante são os meus comentários.
De preferência sozinho, sente-se sem tensão em nenhuma parte do corpo e respire de forma profunda, mas suave. Primeiro deixe que a respiração lhe traga serenidade. Não pense que você está dentro da sua cabeça. Sinta que o seu “eu” está no seu coração. Agora imagine:
“Você pode ter a maior alegria imaginando uma criança infinitamente mais bela que a mais bela criança que você já viu neste mundo.”
Depois de um minuto:
“Dentro de si, você tem uma criança ainda infinitamente mais bela do que ela. Apenas imagine-a. Assim, você terá uma tremenda alegria.”
Essa criança de que Sri Chinmoy fala deve ser a sua própria alma, não? Por isso a sua beleza é tão extraordinária – pois vem da sua própria Perfeição.
Depois de uns três minutos:
“Quando sentir que você é uma criança, imediatamente perceba que está dentro de um jardim florido. Esse jardim de flores é o seu coração. Uma criança pode brincar em um jardim por horas.”
Imagine-se brincando. E agora faça:
“Ela irá de uma flor até a outra, mas não deixará o jardim, pois sentirá alegria com a beleza e fragrância de cada flor. Dentro de você há o jardim, e você pode permanecer ali por quanto tempo quiser. Assim você pode meditar no coração.”
Quando estiver satisfeito, volte a se concentrar na sua respiração e depois de uns instantes, procure alguma atividade espiritual para fazer: leitura, mantras, canções ou a prática de esportes. Deixe que a experiência da meditação primeiro seja assimilada antes de retornar aos seus deveres cotidianos.