Digital x analógico – qual é melhor para quem busca autoconhecimento?

Fiz experiências pessoais com o uso de jogos, leituras, escrita, etc analógica e comparei com as digitais – mas não durante atividade em si, e sim APÓS A ATIVIDADE.

O que vou escrever aqui hoje, que fazer coisas analógicas é melhor para nós sob diversos aspectos, para quem já tem o costume de jogar jogos analógicos de tabuleiro, pode ser como chover no molhado – no entanto, muitas vezes é bom saber o porquê algo é bom. Isso ajuda a nos mantermos firmes e também auxilia a inspirar outras pessoas que precisam de um motivo razoável para se propor algo. Eu joguei muito videogame na minha vida, até os 19 anos, e precisei de duas coisas para perceber que tinha que mudar: alguém de confiança me dizer que não fazia sentido jogar tanto, e o sentimento de vazio que restava após horas ali. Sri Chinmoy comenta (nas minhas palavras) que se utilizarmos meios eletrônicos para a nossa busca, no fim da vida veremos que a coisa que deveríamos ter trazido desde o início se perdeu no caminho.

A conclusão do experimento é que, quanto menos eletrônico/digital eu uso, melhor fica a minha vida. Eu aprendo a aproveitar melhor cada momento, fico mais em paz, me sinto uma pessoa mais íntegra. Isso acontece proporcionalmente ao não-uso do computador/celular/etc. Não encontrei nenhuma exceção até agora.

Percebi que fiquei mais sagaz, mais conversador no bom sentido (conversas inteligentes, mas sem presunção). Meu inglês ficou mais claro. Comecei a descartar outros hábitos desnecessários que ocupavam meu dia. Tinha mais tempo para correr, cozinhar. Minha meditação foi melhorando claramente, e tinha mais vontade de parar mais vezes ao dia para fazer meditações curtas extra. E, ao invés de ficar ali um minuto e logo querer sair, pelo contrário, tinha inspiração para ficar mais tempo, sem pressa, sem medir tempo – o fato é que não tinha nada mais importante do que ficar ali mesmo, mergulhando mais fundo dentro de mim.

Para o experimento, fiz vários testes, que vou descrever um pouco mais ao final do artigo.

Foram eles, com seus resultados individuais:

1) Viajar sem levar o computador e só usar o celular para fazer uma ligação ou outra VERSUS viajar sem levar o computador, mas usando o celular para responder emails, etc, quase normalmente.

Percebi claramente que é bem melhor ficar sem usar o celular, exceto por uns 5 minutos por dia para coisas bem práticas. Deixar pra trás tudo que não exige sua intervenção faz com que tenha mais energia e tempo (e amplitude mental para enxergar padrões novos, ao invés de se reforçar nos hábitos antigos). Vocês viram que não fiz o experimento “viajar levando o computador” porque já fiz anos atrás e desisti rapidinho!

2) Em casa, limitar o uso do computador, por exemplo, até o horário do por do sol VERSUS ficar até tarde no computador fazendo qualquer coisa

Ficando até tarde, meu sono piorava, eu acabava comendo mais e ganhando peso, o sono piorava, tinha mais sonhos desgastantes, e tinha dificuldade para acordar cedo. Já limitando o uso do computador até o por do sol, depois disso, apenas música, leitura impressa, aprender partituras novas no violão (não sou músico, mas gosto de aprender as músicas mais fáceis do Bach, Tárrega, etc). Ligar para meus amigos para conversar, ouvir, etc. Naturalmente eu acabava dormindo mais cedo, de barriga vazia, acordava bem para depois ir correr bem e cedo, evitando o sol e o trânsito.

3) Jogos de tabuleiro VERSUS digitais

Como disse antes, até os 19 anos eu jogava muito videogame, muito mesmo. Eu fiz o comparativo jogando os jogos de tabuleiro solo que tenho aqui. A diferença é brutal quando você termina. Ao invés de desgastado, irritado ou com sentimento de vazio, eu me sinto “Legal, e agora, qual a próxima coisa boa que vou fazer?” Testei também praticar a meditação depois de cada atividade. É brutal a diferença. Depois de ficar no jogo digital, a meditação era quase que um “unwinding” mental. Já, depois do jogo de tabuleiro, era um mergulho profundo para além da mente. Testei também a corrida. Não reparei em performance, etc, mas apenas em como eu me sentia. Depois dos jogos analógicos, era muito melhor, me sentia mais fresco, olhava para as coisas com outros olhos, tinha reações mais positivas, quando saía para correr. Já depois dos jogos digitais, eu ficava mais preso no “eu de sempre”, nas reações de costume com todas as coisas.

4) Escrever artigos (como este e outros) no computador VERSUS escrever, copiar poemas, etc, usando caneta e caderno.

É interessante que, dentre todas as atividades no meio eletrônico/digital, escrever artigos é a melhor (ou menos pior) de todas se comparada com o papel e caneta. Talvez seja pela linearidade da atividade, que exige sua atenção numa coisa só, que é o rumo do seu pensamento. Ainda assim, percebo que escrever no papel é superior. Uns meses atrás vi um experimento que fizeram num estado dos EUA. Eles permitiram que não se ensinasse mais nas escolas a letra cursiva. Só ensinavam letra de forma, porque é a única que se usa nos celulares e computadores. Algumas turmas nas escolas foram ensinadas assim, e foi notável o déficit no aprendizado de todas as matérias. O simples fato de você aprender a escrever letra cursiva auxilia no desenvolvimento escolar das crianças, acreditam? Pois é. Eu tive que fazer cadernos de caligrafia na escola por muitos anos depois que a minha turma já não precisava mais (eu era sempre o que tinha letra mais feia na escola), mas hoje em dia minha letra cursiva é quase bonita : )

Depressão na vida espiritual

Esta página é resultado de uma pesquisa nos escritos de Sri Chinmoy sobre o tema da depressão. Você pode fazer suas próprias pesquisas no site Sri Chinmoy Library, com 1800 dos seus livros.

Eu fiz o seguinte resumo a partir da minha leitura:

Do ponto de vista espiritual (este artigo não lida com a questão médica), resumidamente, infere-se da leitura que a depressão é de dois tipos principais: psíquica (no sentido do coração espiritual, não do psicológico) e vital (emocional ou psicológico).

A depressão vital aparece por conta do orgulho, ego e vaidade. Ela vem da nossa separação da Vontade de Deus, quando nos identificamos com nossos próprios desejos. Quando eles são satisfeitos, sentimos um tipo de frustração. Quando não são satisfeitos, sentimos outro tipo de frustração.

A depressão psíquica surge quando sabemos o que deve ser feito, sem desejo pessoal e em unicidade com a Vontade de Deus, mas nossas ações e intenções são bloqueadas por outros elementos. A cura é uma entrega maior à Vontade de Deus, aspirar mais e orar mais.

A depressão (não-especificada) pode ser transformada principalmente através do entusiasmo e dinamismo ousado na mente e vital, na determinação e alegria do coração, na oração, na abertura para uma realidade maior. Deixar o passado para trás, não focar no negativo e sentir o Amor de Deus também são focos importantes. E deve-se lembrar também que quase todos passam por momentos ou épocas de depressão. Gratidão e receptividade são importantes para nos abrirmos para uma luz maior.

Sugerimos ler os textos originais abaixo para compreender o que é e como superar:

 

Textos de Sri Chinmoy sobre depressão, compilados de diversos livros

 

9558

O seeker,
Be not discouraged
By the long climb ahead of you.
Regain your enthusiasm-surge!
Lo, you have transcended
Your depression-height.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 96, Agni Press, 1984

15171

Depression-mind is a subject
I have studied for years.
I shall now discontinue it.
From now on I shall study
Determination-heart.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 152, Agni Press, 1991

15234

To rid yourself
Of inertia, lethargy,
Frustration and depression,
What you need is
Dynamism and speed
In your body, vital, mind
And heart.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 16, Agni Press, 1999

22352

No more depression-frustration-frowns,
No more!
I am now drinking deep
The Nectar-Delight
From the Heart
Of my Lord Beloved Supreme.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 23, Agni Press, 2001

  1. One soulful cry

One soulful cry of the heart
Can not only lighten
The weight of sad depression
But also enlighten
A God-searching mind.

Sri Chinmoy, Ten Thousand Flower-Flames, part 58, Agni Press, 1983

6682

Why do you pay so much attention
To your mind-made depression?
Can you not pay attention
To your heart-created aspiration?

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 67, Agni Press, 1984

76.

Every day I commemorate
The lucid birth of hope.
Therefore, my life and I see not
The long depression-rope.

Sri Chinmoy, Silence speaks, part 1, Agni Press, 1990

24978

There was a time when I was lost
In a world of depression.
Now that world
Is a perfect stranger to me.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 250, Agni Press, 1998

2109

O seeker,
Do not allow depression
To come into you.
Even your yesterday’s failure-life
You must take as a remote incarnation.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 3, Agni Press, 1998

  1. The thorn-crown of depression

Even the possessors of great minds,
Let alone the common run,
Are forced to wear
The thorn-crown of wild depression.

Sri Chinmoy, Ten Thousand Flower-Flames, part 28, Agni Press, 1982

3856

O my depression-vital,
I shall prove to you
That my heart’s joy
Is infinitely stronger than you are.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 4, Agni Press, 1998

  1. Depression-rope

Every day I commemorate
The lucid birth of hope.
Therefore, my life and I see not
The long depression-rope.

Sri Chinmoy, Two thirsty eyes, Agni Press, 1998

19144

O my depression-mind,
Can you not see
That every day God is planting
His own Smile-Seeds inside you?

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 192, Agni Press, 1993

10895

Do not give any other job
To your enthusiasm!
To crusade against
Your depression-enemy daily
Is more than enough.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 109, Agni Press, 1987

13045

Quickly I came to God
With what I have:
Depression.
Quietly God gave to me
What He is:
Joy.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 131, Agni Press, 1990

40101

The depression
Of the vital and the mind
Has to be replaced
By the dynamic enthusiasm
Of the soul.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 41, Agni Press, 2004

21217

The happiness of the heart
Does have the capacity
To put an end
To the depression of the mind.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 22, Agni Press, 2001

16502

Now that
The depression-suppression-days
Are over,
Willingness and enthusiasm
Are carrying my life
To my destined goal.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 166, Agni Press, 1992

18076

God will change
Your mental frustration
And psychic depression
If you are ready to have
A new name:
Willingness.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 181, Agni Press, 1993

  1. Challenge your frustration-vital

Challenge your frustration-vital.
Challenge your depression-mind.
Lo, you have all at once
Become a perfection-heart.

Sri Chinmoy, Ten Thousand Flower-Flames, part 29, Agni Press, 1982

  1. Your Cheerfulness-Shield

When they see your cheerfulness-shield,
Frustration, depression, doubt,
Anxiety and worry
Will not dare to attack you.

Sri Chinmoy, Ten Thousand Flower-Flames, part 93, Agni Press, 1983

August 29

Today
I am so excited by God’s Promise
That depression will never again
Be able to visit me.

Sri Chinmoy, Today, Agni Press, 1996

18.

Somewhere I saw the face of depression —
But my Lord commands me
to silence my stupid curiosity.

Sri Chinmoy, Something, somehow, somewhere, someday, Aum Press, 1973

9077

Do not blame anybody
For allowing your vital
To be permanently caught
In a most powerful depression-downpour.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 91, Agni Press, 1984

21188

The depression of the mind
Finds it very easy
To make friends with
The aggression of the vital.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 212, Agni Press, 1994

10370

Consciously and deliberately
You are craving for
Desire’s smile.
Therefore, depression
And depression’s shadow
Do not leave you.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 104, Agni Press, 1986

6409

He is so happy that finally
He is able to dig the grave
Of his depression-vital.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 7, Agni Press, 1998

8.

No more depressing news.
There is plenty of hope
For each and every
Human being on earth.

Sri Chinmoy, The Oneness-Heart-University, Agni Press, 1992

10417

The happiness of a surrender-life
Can easily take off
The depression-pounds of the vital.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 11, Agni Press, 1999

12838

Be brave!
Do not allow your mind
To collapse
Under heavy depression-thought-weight.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 129, Agni Press, 1990

15281

Fight with depression-intruder
And prove to God
That you are His hero-warrior.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 16, Agni Press, 1999

5730

It seems that each human life
Is a victim
To intermittent
Depression-frustration-showers.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 6, Agni Press, 1998

13885

Long for dynamism!
Your soul will bless you
With a depression-shattering smile.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 139, Agni Press, 1991

3660

Ignore your mind’s
Depression-cloud.
Dare to expect your heart’s
Cloudless satisfaction-smile.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 37, Agni Press, 1984

14189

If you want total liberation
From depression,
Then go beyond
Stark desire-frustration.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 142, Agni Press, 1991

8680

Develop dynamism
Within and without.
Your age-old depression
Will nowhere be found.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 9, Agni Press, 1998

60.

O my mind,
Once more if you say
That you are depressed
And you need my sympathy,
I shall not remain silent.
I shall tell you the real reason.
The real reason for your depression
Is that you secretly and openly
Enjoy the pleasures of lethargy.

Sri Chinmoy, O my mind, Agni Press, 1988

3805

Never allow
Your depression-vital
To clip your heart’s
Enthusiasm-wings.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 39, Agni Press, 1984

7521

An aspiration-heart
Is a sure cure
For a depression-vital.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 76, Agni Press, 1984

20569

The weight of depression
Is heavier
Than that of ten elephants.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 21, Agni Press, 2001

20929

Genuine aspiration
Is of paramount importance
To stave off depression.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 21, Agni Press, 2001

14215

Each soulful prayer
Is an antidote
To depression-attack.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 15, Agni Press, 1999

24907

O seeker,
Do not allow depression
To possess you.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 25, Agni Press, 2002

33203

Smiling days come
To chase away
Depression-nights.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 34, Agni Press, 2003

14330

Relaxation is needed
To remove
Our vital depression.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 15, Agni Press, 1999

3417

Depression silences
The dynamism
Of the vital.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 4, Agni Press, 1998

23480

The inner cheerfulness
Is
The outer depression-antidote.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 24, Agni Press, 2002

725

Depression
In the unaspiring vital
Will never die.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 1, Agni Press, 1998

148

Depression is an ill will self-imposed.

Sri Chinmoy, Beyond Within — A collection of writings 1964-1974, Agni Press, 1975

September 15

A divided concern is depression.

Sri Chinmoy, Flame-Goal. Daily meditations, Sri Chinmoy Centre, Montreal, 1973

29428

Depression begins
When desire remains
Unfed.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 30, Agni Press, 2002

39040

Depression
Has its antidote:
God’s Smile.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 40, Agni Press, 2004

19785

Enthusiasm means
Immediate
Depression-annihilation.

Sri Chinmoy, Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 20, Agni Press, 2001

9722

Be cheerful!
You will get a lion’s strength.
Immediately you will be able
To throw aside the burden of your past:
The elephant of depression,
Frustration and failure.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 98, Agni Press, 1984

16070

If you are attacked by doubt,
If you are attacked by depression,
If you are attacked by frustration,
Do not think that that is the end.
There is still God’s Concern,
There is still God’s Oneness-Heart.
Invoke them!
They will come
To your immediate rescue.

Sri Chinmoy, Twenty-Seven Thousand Aspiration-Plants, part 161, Agni Press, 1991

 

Psychic depression and vital depression

When we are assailed by worries and anxieties, we have to feel that there is an antidote. When a snake bites us we try to get cured. If the worries and anxieties of the thought-world want to enter into us and attack us, then we have to get the antidote. And the antidote is to feel inwardly God’s Love for us.

We love God, but we are not sure whether God loves us. We pray to God, “Oh God, grant us this, fulfil this desire.” But whether or not God loves us remains vague. But we have to start with the feeling that He loves us always infinitely more than we love ourselves. How is it possible for God to love us more than we love ourselves? The answer is that God does not doubt us as we doubt ourselves. One moment we feel that we are very strong, like a great emperor; the next moment we see a red ant and are frightened to death.

Anxiety comes when there is a gap between our existence and God’s Existence. Also it comes when we don’t claim God as our very own or don’t care to say, “I am of God; I am for God.” Worries and anxieties will go away only when we identify ourselves with something that has peace, poise, divinity and the feeling of absolute oneness. If we identify ourselves with the Inner Pilot, then we get the strength of His illumining Light. Worries come because we identify ourselves with fear. If we identify ourselves with something divine, eternal and immortal, then naturally the hidden essence and quality of that particular thing will enter into us. By worrying all the time or by thinking undivine thoughts, we will never move towards our goal. We will enter into divinity only by having positive thoughts: “I am of God. I am for God.” If we think this, then there can be no worry, no anxiety.

There is psychic depression and there is vital depression. In psychic depression the individual feels that there is so much that God has asked him to do and that God Himself is trying to manifest in and through him; but the world-ignorance is not letting him manifest God. Here you are with friends and your boss is the Supreme. This boss has asked you to do something, and you are trying and He is trying in and through you. But again, there are people around you who are resisting your efforts. They claim God as their Father and He claims them as His children, but they are not receptive to God’s Light. Psychic depression occurs when you know what is best and, at the same time, you are helpless. Some of your brothers and sisters who are around you know what is best for them, but they do not want to do it; they do not want to budge an inch. Again, there are some who do not know what is best for them. But you know what is best for you and also for them, and you want to do it; but you are blocked.

You know what the truth is and you want to manifest the truth. But you are helpless because the people around you and before you do not co-operate. The Supreme, or your Inner Pilot, puts pressure on you and you put pressure on yourself, but it does not help. When inner peace and inner light find it difficult to come to the fore the way the Supreme wants, at God’s choice Hour, then psychic depression comes.

But vital depression is different. Vital depression comes from the unfulfilled demands of pride, ego and vanity. In this depression, you wanted to do something or you wanted to fulfil some desire, but you did not succeed. You are frustrated; so immediately vital depression comes. Psychic depression is on an infinitely higher level, where your choice and God’s choice are one and the same. In vital depression your choice is your desire, and this has nothing to do with God’s Will. There is only you and your unfulfilled desire; here God is not involved. In psychic depression you have envisioned God’s Vision; God has placed His Vision in front of you, but you are unable to transform His Vision into reality. It is not for the sake of personal gain or for ego that you wanted to succeed. No. You and God have the same aspiration, the same vision, the same goal; but it is not yet manifested. Psychic depression is the result of the unfulfilled Vision of the Supreme in and through you. It is God’s Divinity that wants to manifest in and through you, but it is being delayed because the world forces, the ignorance-forces, are standing against you. God and you have become one: one aspiration, one soul, one goal. But God’s Vision is not fulfilled. so you have psychic depression.

The cure for psychic depression is to surrender openly to God’s Will. Aspire soulfully and constantly, and then surrender to God’s Will. You may soulfully cry and cry, but sometimes after psychic depression enters, you may want to take rest. You feel it is a hopeless case, so the best thing is to give up, to surrender-not to God, but to world-ignorance. Many times it has happened that the individual knows that God and he are one, but when he sees that the Supreme in him is constantly remaining unfulfilled, then he gives up. Many spiritual Masters and many seekers give up. They try together with God, but when they think that it is a hopeless case, they give up. But this is not good. One should never give up. One has to fight to the end. Sooner or later God’s Will is bound to be manifested in and through you.

Sri Chinmoy, Four intimate friends: insincerity, impurity, doubt and self-indulgence, Agni Press, 1977

 

Question: Sometimes when I am at work I feel a kind of mental heaviness or dissatisfaction. It is not depression, but I feel if I can invoke the quality of delight, it will be so much nicer on the job.

Sri Chinmoy: It is not actually delight that you need, it is only dynamism. What you unfortunately lack is dynamism. Your soul and your body do not receive dynamism. If you can let dynamism enter into your physical body, then you will not have a feeling of depression or heaviness. Please invoke the soul’s will physically and vitally. Then there will be no heaviness, no frustration, no depression.

Sri Chinmoy, AUM — Vol.II-6, No. 8, August 1980, Vishma Press, 1980

Question: Guru, how do we free ourselves from depressions?

Sri Chinmoy: With the light within us. When we meditate on light, light comes either from above or from within. We must bring light to the fore. Our heart is very vast. The spiritual heart, not the physical heart, is larger than the universe, and abundant light is inside that heart.

If we want to climb a mountain that is very tall, we have to know our capacity. If we are weak and we want to climb the mountain all at once, we will be doomed to disappointment. We have to climb up a little and then take rest. Then we climb up a little more and rest again before we go on. If we try to climb the mountain all at once, we may ruin our capacity.

We can either overestimate or underestimate our capacity. When we underestimate ourselves, depression comes. If we have the capacity to climb up three or four miles, but feel, “I cannot do it; I can only climb a little,” then we are depressed because we feel that we have no capacity. But when we overestimate our capacity, we also become depressed because we cannot accomplish what we expected to accomplish. It is always better to aim just an inch higher or lower than our capacity. If we expect too much or too little, depression will come.

The best way to free ourselves from depression is to bring light forward and illumine it. If that is difficult, then take depression as something quite unimportant that is a little bit dirty and throw it away. By dwelling on it, we can’t conquer it. It will come back again and again to bother us if we give it undue importance. For two days or two months we will be free, but again it will come back unless and until it is illumined.

Sri Chinmoy, Problems! Problems! Are they really problems? part 1, Agni Press, 1974

Question: Will people who are depressed ever realise God?

Sri Chinmoy: They will, but they will undoubtedly be the last group to realise God unless they conquer their depression. And when they reach God, God will not be proud of them. Out of Compassion God will allow them to drink His Nectar, but God will be pleased and will feed with pride only those who are constantly marching forward and not looking backward. God will tolerate doubt and depression, but only those who are truly cheerful inwardly and outwardly will have everything open to them.

God is Light, and those who suffer from depression are not accepting God’s Light. If they think that by being depressed, they will get more Compassion from God or from their Guru, they are mistaken. God and the Guru may show them infinite Compassion, but it will not be wholehearted Compassion. God and the Guru will know that they are being exploited by the aspirant’s constant demands for Compassion.

If they say that God does not love them enough, it is all their negative imagination and self-justification. Who loves His children more than the Father? Fortunately for them, God’s Compassion is infinite. But although those who are depressed will eventually realise God also, the path of cheerfulness is infinitely swifter.

Sri Chinmoy, Problems! Problems! Are they really problems? part 1, Agni Press, 1974

Question: Sometimes when I am very happy because I have had a very good meditation, the next day I get depressed. Why does that happen?

Sri Chinmoy: There are two reasons. One is that hostile forces, undivine forces, become very annoyed that you have made progress. They are always alert and they are alarmed to see that you have made enormous progress through your good meditation. They are afraid that tomorrow you will make the same kind of progress. The undivine forces do not want to allow that, so they attack you. Only if you fight them can you continue to make progress.

How do these forces attack us? There are various ways. One way is that when somebody has had a significant experience, they come and say, “You have done so many things wrong. You don’t deserve what Guru, out of his infinite kindness, has given You.” Then the subtle ego inside you says, “It is true. I don’t deserve that, so I won’t keep it,” and you just give it up. Although you have come to me with utmost humility and devoted qualities, these forces are so clever that they convince you that you didn’t deserve what you received. In this world nobody wants to be a beggar; nobody wants to be an object of pity. The moment you hear that you didn’t deserve it, you don’t want it. Instead, you should say, “I worked for three or four hours. I meditated and I was happy. That is why he gave me the capacity to have that experience.” The only time these hostile forces can enter is when you allow them. If you are adamant in rejecting them, then they have to leave you.

Another way the hostile forces attack you is by giving you an inferiority complex. If you think that the person who sat beside you had a better meditation than you, that feeling is very bad. In the outer world we compete. “I was defeated by so-and-so or I defeated so-and-so,” is what human beings say in the outer world. But in the inner world there is no competition, or at least competition is one-sided: with oneself alone. You will compete with your own doubt, fear, anxiety, jealousy and so forth. In the outer world, you have only two or three competitors and this competition will last for a day. But in the inner world you have many competitors. Fear, doubt, anxiety, depression, worry and many others are all ready to rob you of your joy. They come to you and say, “Yesterday we lost, but today we are here to challenge you again.” What happens then? You are not prepared, but they have challenged and with your little ego you say, “All right, I accept your challenge.” Then fear comes and runs ahead of you while doubt holds your legs, and jealousy pulls you backwards. If they were fair competitors, before the big race they would agree to run properly, but they don’t. Just before you start, anxiety will come and strangle you. So you have to be really ready to run. You must be fully prepared so that when the competition begins, they won’t have a chance.

When you have a divine experience, if you can hold on to its reality for a few days, then it becomes solid. At that time the hostile forces cannot enter. So try to hold your divine experiences very firmly, especially for the first few days. Always try to remember whenever you do something good. Forget about the bad things and do not allow the tricky hostile forces to remind you of them. They are not necessary; they are all dust. If you can remember only the good things, then you can make much progress.

Sri Chinmoy, Problems! Problems! Are they really problems? part 1, Agni Press, 1974

Question: Guru, when you see our states of mind and our moods, do you see us as a sort of composite or average of what we were during the day, or do you see us as we are at that moment?

Sri Chinmoy: It is not like an average. Thirty percent of the time you can be depressed, thirty percent of the time you can be angry, and perhaps every other undivine quality you may have at different times during the day. But for one second if you have the soul’s will, then you have to know that the strength of the soul’s will is more powerful than all your fear, doubt and other negative qualities. If you have this will-power one percent of the time, then you can conquer all your depression and other undivine qualities. You may suffer for half an hour from depression, but if even for one second you can bring forward your soul’s inner will-power, then you can easily nullify your depression.

Sri Chinmoy, Four intimate friends: insincerity, impurity, doubt and self-indulgence, Agni Press, 1977

Question: How can I prevent getting upset or depressed over small things, such as a car break-down or a screaming child?

Sri Chinmoy: In the material world, whatever we handle, we should try to keep in perfect condition. If we are using an old car, naturally this may create problems. Even new cars sometimes give trouble. But we should always try to use a perfect instrument. Since we are trying to be perfect instruments of the Supreme, the things that we handle should also have perfection in them. Just as we cry and try for perfection of our own nature, whatever is our possession should also be perfect according to our standard. So the things that we are utilising as our instruments must be kept in perfect condition. But we have to know that in spite of the fact that something appears perfect, it often is not. And if it causes problems, does depression help us in any way? Never.

We must always be wise. A wise man will take an unfortunate happening as a challenge, an opportunity to face an unpleasant reality with a cheerful smile. A fool will curse his fate and will curse others. He will feel that this kind of misfortune only happens to him. A wise person will simply say, “Here I have another opportunity to conquer my anger or my depression.” Every experience in life can be meaningful and beneficial if we accept it properly.

Now, when a child is screaming, what should we do? Immediately remember that his screaming is not stronger than your inner poise. Then try to bring forward your inner poise and let it drown out the screaming of the child. Every time you see something irritating or undivine, accept the challenge and conquer it. If you allow it to conquer you, you are bound to become upset or depressed.

Sri Chinmoy, Problems! Problems! Are they really problems? part 1, Agni Press, 1974

Vyasa becomes freed of depression6

Vyasa was the great sage who wrote the Mahabharata. One day he was terribly depressed. He thought, “What am I going to do with my life? I am all depression, depression, depression. I have read the Vedas. I am an authority on the Vedas. Everyone comes to me for knowledge. I am the greatest of all the sages, but today I am so depressed. What am I going to do? In the Mahabharata I have written so many stories to console people when they are depressed. And now I myself am dying of depression.”

Narada appeared before him. Narada was a great sage who sang the glories of Vishnu everywhere. He was a great seeker, the greatest singer and the greatest devotee, but sometimes he would act very undivine. He would become jealous of people who were very happy and would then create problems for them. For this reason, people called him a problem-maker.

When Narada appeared, Vyasa said, “O Narada, save me, save me! I am in trouble!”

“You are in trouble? Everybody says that I am the problem-maker,” said Narada. “I can only make more problems for you. What kind of help do you need?”

“Narada, please tell me how I can have peace of mind. I am so depressed today.”

“You are depressed? You have given consolation to thousands of people. Who will believe that you are depressed?”

“You must believe me and you must save me!”

“But you always call me the problem-maker!”

“Yes, but at the same time you are closest to Vishnu. Vishnu can console anyone. So can you not ask Vishnu to console me?”

“I cannot ask Vishnu that. He will laugh at me if I tell him that you, of all people, need consolation. He says that you are the wisest person on earth. He won’t believe that you have become a victim of depression.”

“But I am suffering. Please tell Vishnu. He will cure me.”

“I can tell Vishnu, but it is not necessary. I myself can tell you how to be cured.”

“Then please tell me. I have faith in you.”

“You have written the Mahabharata. You know everything that is in the Vedas, but are you doing the right thing?”

“What have I done wrong?”

“Have you written one book that is only about Lord Krishna?”

“Oh no.”

“Then start writing! Write the Bhagavatam, which will be all about Krishna from beginning to end. Then there will be no depression in your life. Your soul wants you to write a new book only about Krishna.”

“All right, I am starting,” he said. As soon as he started writing, his depression was transformed into delight, delight, delight.

GIM 146. 5 February 1979

Sri Chinmoy, Great Indian meals: divinely delicious and supremely nourishing, part 8, Agni Press, 1979

Question: What causes depression?

Sri Chinmoy: We want constant success, constant progress, constant achievement and fulfilment, but in our daily life we do not get it. Each moment is an opportunity to grow into more of God’s Light, Peace, Bliss and Power, but if we misuse that opportunity, immediately the negative forces such as doubt, fear, jealousy, worry and depression enter into us.

We have to know what we actually want. If we want light and only light, we have to know where that light is. That light is in our peace of mind, in the tranquillity of our heart. When we unveil our inner peace, we will see that our life is all achievement and fulfilment: achievement in the process of infinite achievement, fulfilment in the process of infinite fulfilment. If we don’t do that, we are bound to be the prince of depression.

What causes depression? Our acceptance of ignorance as our very own. We cannot go beyond it: we are caught; we are in the little self of ignorance, so we become depressed. But if we feel that we do not represent ignorance, we are not ignorance, we are not of ignorance and we are not for ignorance, but we are in light and we want to grow into deeper and deepest light, into all-fulfilling Light; then there can be no depression. The light which is the result of our sincere aspiration will immediately burn our depression into ashes, or it will transform our depression into constant aspiration.

We have to know that by being depressed we should not expect either God’s Grace, or God’s Love, or even sympathy from humanity. If I am depressed and a friend of mine comes to console me and sympathise with me, in that way the root of depression will not be cut. On the contrary, my depression will be nourished. Depression comes because we do not want to live in the truth; we want to live consciously or unconsciously in ignorance or, I should say, pleasure. This so-called pleasure is bound to be followed by depression. If we can identify with the soul’s inner joy, which is spontaneous, we will always have joy within us and without us. Let us try to remain in the soul’s spontaneous joy.

Sri Chinmoy, Problems! Problems! Are they really problems? part 1, Agni Press, 1974

Question: I know that frustration and feeling sorry are wrong forces; yet I feel sad quite often.

Sri Chinmoy: First of all let us deal with frustration. Frustration is undoubtedly bad. Any kind of frustration is a precursor of destruction. It is not frustration that is destroyed, but frustration that destroys. If frustration were destroyed, then we would again have the life of cheerfulness. But that is not what happens.

Now the feeling of sorrow. Suppose we think about a person in our family who has passed away. For a few hours we feel sad because we miss the person who loved us or whom we loved. We feel that in our sad, sorrowful mood we are intensifying our oneness with that particular deceased person. This feeling is not bad because first we are intensifying our oneness and then we can bring down peace, light and bliss. But again, if we can maintain our oneness with that person’s soul wherever it is, and feel its presence within us, then we need not feel sad even for one minute.

There is another way in which the spiritual Masters approach this case. When Sri Ramakrishna’s nephew passed away, Sri Ramakrishna cried bitterly. Why was he so sad? Sri Ramakrishna felt sorrow not actually for the loss of the person but for the failure of that person to accomplish what he came on earth to accomplish. This soul had something to offer but could not do it because of the intervention of wrong forces.

Very often when we help others, when we become one with others’ sorrow, we get a kind of joy. This is a very tricky thing. When somebody is sad or suffering, we try to help that person. But inwardly we may enjoy his suffering and have a glorified inner feeling that we have been of some help to him.

First we feel a little sorry; then we get joy because we feel superior. We think, “I am not suffering he is suffering. I am at the top of the tree and he is at the foot of the tree.” This wrong idea very often enters into our mind. If we identify ourselves with someone who is sad and depressed, if we are just enjoying his sadness, we are not helping him at all.

In the Pandava family, Arjuna’s mother, Kunti, knew that Lord Krishna was a great spiritual Master. She knew that Sri Krishna was God Himself. So she used to pray to him to give her sorrow and suffering all the time so that she would think only of him. She believed that only if she lived in suffering would she be inspired to think of God. This idea is not good at all. Just to think of God we need not invoke extra suffering. This is a wrong approach to the truth.

The right way to approach the truth is through joy and light. The soul is full of divine joy, and from the soul joy wants to come forward and express itself through the vital. If the vital does not want to become one with the soul’s joy, the vital consciously and deliberately resents this joy and stands in its way. At that time this unaspiring vital prefers suffering because it feels that by expressing suffering outwardly it draws the sympathy, affection and concern of the world. Despite the vital’s suffering it is actually getting a subtle Joy in a negative way.

Very often we think that if we become a victim to sadness, there will be somebody to console us. This is a wrong idea. God does not approve of this idea. Today we will be sad and our mother or father or friend or somebody will console us. This consolation and attention gives us joy, so tomorrow we will feel sad with the same idea that somebody will come and console us. But tomorrow perhaps others will be tired of consoling us and we will be disappointed. In God’s creation there are some people who are always sad because they feel that when somebody comes to console them they will get real joy. They feel that the best way to get attention and affection is to tell the world that it does not care for them or that they are totally lost. But even if they sincerely feel that they are totally lost, the world is not going to take care of them forever if it is not the Will of God. God’s Concern always runs in a positive direction.

Very often psychic joy wants to express itself directly, without the vital and even without the mind. But when it is about to express or it has expressed itself, the depression of the vital and the doubt of the mind enter into the joy of the heart and soul. Then the vital’s depression and the mind’s doubt immediately act like a devouring tiger. When they see this joy, they take it as a fruit and devour it immediately. After several times, the soul sees that its joy is being devoured by the mind and vital, and the soul becomes cautious. It does not want to express its joy quite so often. It waits for the vital to be purified and for the mind to be free from doubts.

Sri Chinmoy, Problems! Problems! Are they really problems? part 1, Agni Press, 1974

Question: What causes depression?

Sri Chinmoy: Depression comes because we do not want to live in the truth, but consciously or unconsciously we want to live in ignorance-pleasure. This pleasure is bound to be followed by depression. Depression is caused by our acceptance of ignorance. When we take ignorance as our very own, we become depressed. At that time we cannot go beyond it. We are caught; we are caught in the little self of ignorance.

We want constant success, constant progress, constant achievement and fulfilment, but in our daily life we do not get these things. Each moment is an opportunity to grow into more of God’s Light, Peace, Bliss and Power. But if we misuse our time, then immediately the negative forces will enter into us. These negative forces are doubt, fear, anxiety, worry and depression.

If we are depressed, we cannot expect more of God’s Grace and God’s Love; nor can we expect continuous sympathy from humanity. If we are depressed, then a friend of ours may come and console us or sympathise with us; but his consolation will not cut the root of our depression. The only cure for depression is light.

We have to know what we actually want. If we want only light, then we have to know where light is. Light is in our peace of mind, in the tranquillity of our heart. When we unveil our inner peace, we will see that it is all achievement, all fulfilment: infinite achievement and fulfilment in the process of growing into infinite Realisation. If we don’t unveil our inner peace, then we are bound to be princes of depression.

We have to feel that we are not ignorance, we do not represent ignorance, we are not in ignorance and we are not for ignorance. No. We are in light and we want to grow into deepest, all-fulfilling light. If we have that feeling, then there can be no depression. The light which is the result of our aspiration will immediately burn our depression into ashes, or it will transform our depression into constant aspiration. If we can identify with the soul’s inner spontaneous joy, then we will always have joy within and without. So let us try to remain in the soul’s spontaneous joy.

Sri Chinmoy, Four intimate friends: insincerity, impurity, doubt and self-indulgence, Agni Press, 1977

Question: When something in the world bothers me, I lose all my sincerity and become depressed.

Sri Chinmoy: You have to know that there is a great difference between sincerity and stupidity. If somebody has told a lie, you must try to illumine that person. If a mistake has been made by somebody, you must try to rectify that mistake inwardly or outwardly by offering your good will. In your own case, stupidity comes into the picture. If you have done something wrong, you feel that by increasing your guilt you will solve the problem. But this is not the right approach. Always think of the goal, which is perfection. You have to bring perfection into the picture.

If something wrong has been done, either by you or by somebody else, at that time you have to offer the result immediately to the Supreme. You have to say, “I was helpless, he was helpless. We were attacked by wrong forces. We know that we were attacked and we want to offer our mistake to you.” Again, you have to be conscious and wise. Once you discover that you are doing something wrong, you have to stop doing that thing.

Depression is not the answer. When you run a race, if you are disqualified, what will you do? You will wait for another day and then again try to reach the goal. Just because you have had an unfortunate experience, if you stop competing in the race, you will never reach the goal. A sad experience must not be the ultimate experience. Take it as a passing cloud. You will definitely come out of this ignorance-cloud.

Sri Chinmoy, Four intimate friends: insincerity, impurity, doubt and self-indulgence, Agni Press, 1977

Question: Does the Supreme make us depressed and do other things like that for a reason?

Sri Chinmoy: No! No, no, no! He has nothing to do with that. The Supreme does not want us to be depressed. Only we say to the Supreme that if He wants us to be depressed for a special reason, then we are ready. That is our surrender. But if we pray to the Supreme to keep us sad and miserable so that we will always think of Him, that is wrong. He is all Joy, all Love; so let us take His Joy and Love. He does not want us to have depression, but we cherish it. Again, what we call depression at a particular moment, in His Eye may not be depression at all. Only we take it as such.

Sri Chinmoy, God and the Cosmic Game, Agni Press, 1977

Question: If we are constantly going through different moods, how can we conquer depression?

Sri Chinmoy: In your case, it is not all depression. You may be thirty per cent depressed, thirty per cent angry and also have fear, doubt, jealousy and other things. But the strength of the soul’s will is far greater than the strength of these undivine forces. If you can bring forward even one per cent of your soul’s will-power, with that you will be able to conquer your depression. Although you suffer for half an hour with depression, with the power of the soul’s will, you can easily nullify your depression. If you can bring your will-power forward, your depression will be over in one second.

Sri Chinmoy, The hunger of darkness and the feast of light, part 1, Agni Press, 1974

Question: Guru, do you ever feel depressed?

Sri Chinmoy: I don’t feel depression for myself, but when I enter into you and identify myself with you, certainly I feel depression. I get all kinds of depression when I enter into you. When I meditate early in the morning, if I enter into someone and identify myself with him, I see that he is cursing me or crying for my head. If I identify myself with him, naturally I will become furious or depressed like he is. But again, if I identify myself with the person for a short time, I can transform his depression. Naturally, when I use my identification-power I get depressed, but then immediately I throw away that depression. To me personally, depression does not come. When you see me sad or depressed, you may think that it is because of my mission or my problems. But at that time what has actually happened? I have identified myself with someone. But this identification I do not keep for a long time.

Sri Chinmoy, Four intimate friends: insincerity, impurity, doubt and self-indulgence, Agni Press, 1977

Question: I want to learn from God the quickest way to get rid of my depression-hound.

Sri Chinmoy: God asks me to tell you that the quickest way to get rid of your depression-hound is to buy and tame a gratitude-lamb.

Sri Chinmoy, Soulful questions and fruitful answers, Agni Press, 1976

 

Question: What is the best way to get rid of depression?

Sri Chinmoy: The moment you are depressed, try to feel consciously that you have imposed a heavy burden or load on your shoulders. You have to feel that you are a runner and there is a goal for you. You have to run towards your goal. The faster you run, the sooner you will reach the goal. Now, if you deliberately and consciously place something heavy on your shoulders, then naturally your speed will be very slow. So do not be unwise; you have entered into this race. Again, this race is not competition with somebody else, it is only competition against yourself and against the undivine forces: depression, doubt, fear, jealousy and all the other negative forces.

The moment depression enters into your mind or vital, please feel that there is a heavy load on your shoulders. Then naturally you will try to get rid of it because you want to run the fastest. You will discard it, just throw it aside, and then you will run towards your destined goal as fast as you can.

Sri Chinmoy, A twentieth-century seeker, Agni Press, 1977

Restlessness

Question: I have been trying to meditate for some months, but I have had two problems. One is restlessness and the other is depression.

Sri Chinmoy: Restlessness can be in the mind, in the vital, in the gross physical and to a certain extent in the heart. In your case, restlessness is present because the mind is not consciously becoming one with the soul’s light. The soul is crying to offer light to the mind but the mind is rejecting it consciously and deliberately. The physical mind does not want to meditate to overcome restlessness. What you need is the illumined mind or the mind that has been consciously purified by the soul’s light.

In your case, depression occurs for two reasons. The first is that when you have a good, sound meditation, the ordinary vital, the vital which cries for outer satisfaction and outer achievements, feels that it is going to starve and die. The calmness you receive in meditation is like poison to the restless vital. So it invites depression because it feels that its very existence is threatened. The second reason why you are depressed is that when the heart brings the message from the soul that you have promised to reach the ultimate Goal in this life or the next life, you allow yourself to feel that the Goal is very far from where you are now. In the far distant future you see all sunshine, but when you observe your present situation you feel that it is all darkness and foul, inclement weather. Since you can see no connecting link between the possibility of the golden future and the reality of the present, naturally depression starts.

The best thing you can do right now is to meditate regularly early in the morning without expecting anything from your meditation. If you offer a child your love, concern and affection, you do not expect anything from him. Try to feel that your meditation is like a child right now. Give what you have-love and conscious concern -to this child and don’t expect anything in return. Then at the right time, when the child grows up, the wealth of meditation will flow to the fore like a gushing spring.

Sri Chinmoy, Problems! Problems! Are they really problems? part 2, Sri Chinmoy Lighthouse, New York, 1974

Question: When planets fight, is the earth affected?

Sri Chinmoy: When two planets are not on good terms, when they are fighting, the earth consciousness usually changes for the worse. The inhabitants of earth don’t know why, but they are unexpectedly unhappy or depressed or frustrated.

When the year ends, the earth usually passes through a dark tunnel. It is all depression, frustration. Then, when the new year comes, it brings a new light. Definitely the planets have something to do with it.

Some good planets want the seekers to make fast progress in the new year which is on the earthly calendar. Other planets don’t want this. Human progress in no way can threaten the planets or take away any of their glory. Still, some don’t want to become one with the earth-consciousness. They don’t want human beings to make progress and become fulfilled.

Sri Chinmoy, Conversations with the Master, Agni Press, 1977

The fearful mouse

There was a little mouse who was very sad and depressed all the time. What could he do? A magician noticed that the little mouse was living under a cloud of depression, and he felt very sad. He asked the mouse, “Why are you so sad all the time? Why are you so depressed?”

The mouse said, “I am always afraid of the cat. At any moment the cat can spring out of nowhere and devour me. My life is entirely at the mercy of the cat. What am I going to do?”

The magician said, “That is very easy. I shall turn you into a cat.”

The magician kept his promise and turned the mouse into a beautiful cat. Then the cat was very, very happy.

A few days later, the magician noticed that the cat was the picture of misery. The magician said, “Why are you so sad? You wanted to be a cat. Now what has happened to make you unhappy?”

The cat said, “I am so unhappy because there is a dog in the neighbourhood. This dog scares me to death. I never know when it will appear and chase me. The dog can easily kill me at any time. I am at the mercy of the dog constantly.”

The magician said, “All right, if that is what is happening, then I shall solve the problem by turning you into a dog.”

The cat now became a dog, and it immediately started barking and growling to show how strong and powerful it was. The dog was in the seventh Heaven of delight. A few days later, however, the magician discovered the dog sunk in depression. The magician said, “Why are you depressed? You wanted to become a dog, and I have made you a dog. You are so strong and powerful. What has gone wrong?”

The dog said, “Now I see there is a panther living nearby. This panther will surely kill me. A panther is the most ruthless of all animals. I am positive that it is planning to attack me and kill me. What am I going to do?”

So the magician said, “All right, I am turning you into a panther. Try to be happy!”

So the dog became a panther, and all the ferocious qualities of the whole world entered into him. He was so powerful and aggressive. Everybody was afraid of the panther. But in a few days’ time, the panther succumbed to depression once again. This time his depression was far worse than the previous times. The magician could not understand at all. He said, “Why are you so depressed? I have done everything possible to make you happy. What is it this time?”

The panther said, “I am now at the mercy of a hunter. At any moment the hunter may see me and then kill me. Even now he may be looking for me. What shall I do? I am terribly afraid of the hunter.”

“It is impossible to deal with you!” said the magician. “In the beginning, you were a mouse; now you are a panther. Now what am I going to do? You are always dissatisfied with your life. When I give you a promotion and transform you into something else, you find fault with your new life. It has become a habit for you to feel sad and depressed. It is too much! I am turning you back into a mouse. You deserve this fate!” The magician turned the panther back into a mouse and said, “Go your way!”

I have told this story because it has some spiritual significance. Many times when we make a little spiritual progress, when we succeed in going upward or inward, we become frightened because we are afraid of the unknown. But the unknown is unknown only because today we do not know it. A child does not know tomorrow’s lesson, but will he be afraid of tomorrow’s lesson? He has the inner wisdom to go forward. But quite often when we enter into the inner life, the spiritual life, we are afraid of making progress. We want progress — we want to go infinitely higher and deeper — but the moment we make a little progress, we are uncertain. We say, “What will happen next?” This fear of the unknown is delaying the progress of many spiritual seekers.

Sri Chinmoy, The sage Bhrigu tests the cosmic gods, Agni Press, 2002

Dealing with wrong forces

Sometimes the disciples are frustrated and depressed. Wrong forces attack them, and they ask for an interview because they are suffering. Now, I have observed inwardly why they are suffering. They have done quite a few things wrong, so the forces have attacked them. They feel that if I talk to them, it will all be over. But I know that if I give them outer attention it will become worse. It has often been my experience with the wrong forces that as soon as they see love and compassion in the outer world, they attack more violently. It is like the last effort. And it is so powerful that the person identifies with it and his depression and frustration increase. But in the inner world I try with utmost compassion, love and concern.

When depression and frustration loom large in your life, if you want to receive my light, you have to bring some receptivity. A doctor asks for a fee for his care, and I also ask for a fee. You receive my cure according to your receptivity, and your receptivity is your cheerfulness. If a patient is dead, no matter how many injections you give him, he can’t be cured. If he is totally dead, what can the doctor do? Only when there is a little life-energy left is there some hope. Even if the person has been suffering for a long time, if he comes to me with cheerfulness, I can cure his suffering. Your cheerfulness is the bud that will blossom. If there is no bud, how can you eventually have a flower?

I am not ignoring you in the inner world, although I may appear to ignore you in the outer world. I see that the last-effort forces will attack you most powerfully, and you will become a victim. If you are depressed, become cheerful. You have no receptivity when you are depressed, so there is nothing that can be done outwardly. You have become an instrument of the wrong forces. When they see love, concern and affection on the outer plane, they attack most powerfully because they are most powerfully threatened, and you have to surrender to them. It has happened many times. When the depressed person asks for an interview, I don’t give it because I know what the consequences will be. If the patient starts with a little cheerfulness, which is spiritual life-energy, then the doctor is able to feed that cheerfulness immediately. I know you are suffering, but I must not feed the destructive aspect. You have to come with receptivity. If you show inner cheerfulness, I am ready to help you. Without your cheerfulness, the minute I try, that minute I will fail.

If I give you an interview when you are depressed, your depression becomes infinitely worse. You must bring some cheerfulness to save yourself. Outwardly, I try so many times to please the disciples in their own way, so that they will also please me in my own way. If I please them ten times in their own way, I feel that they should try to please me at least once in my own way. But human desire knows no end. The more I try to please them, the more they compel me to please them. I feel that they should at least act like gentlemen, and if I please them ten times they should please me at least once. But they like to please ignorance instead, and don’t please me even one time in return. In return for pleasing me, they would open up to light, to compassion and to delight, but instead the disciples say, “You have not given us an interview. You are not pleasing us. You are doing many things wrong. You smiled at someone else and made me jealous. What is wrong with you? You do something wrong and make me suffer, and then you just watch. You just sit there painting or playing the flute. You are fooling us, and you won’t fulfil any of our needs.”

Sri Chinmoy, AUM — Vol.II-3, No. 9, 27 September 1976, Vishma Press, 1976

 

Question: Can problems ever be solved psychologically, through psychological analysis, or must it always be spiritually?

Sri Chinmoy: Any problem, if it is solved spiritually, will be completely solved. But if you solve a problem psychologically, the solution is all in the mind, which is a very limited sphere. When we answer a question from the highest spiritual Truth, then we can feel that the answer is true and complete. We will get the ultimate satisfaction only when the question is answered from the spiritual point of view.Although we have the body, the vital and the mind, if we solve problems from these different perspectives with the different capacities of the mind, the vital or the body, the answers will not completely satisfy our needs. With the mind we can solve the immediate problem. But that solution will not be permanent. The problem will simply take another form and come to us as another difficulty. We think, “I have solved that problem with my analytical mind,” but unfortunately, if we go deep within, we will see that that very problem has now taken another shape and has come back to torment us. But once we solve the problem spiritually, we will see that that problem is really gone. And how do we solve a problem spiritually? We solve it through our inner progress, our soul’s experience and our soul’s light.

Once we begin to have true inner experiences, there will be no necessity to solve any problem with psychology or philosophy. Psychology and philosophy and all other mental ways to explain things are simply hopeless and useless. When we have our own inner experiences, we can see the truth with the light of spirituality, which is the Breath of God. Before that, if we live in the human world, we have to use the mind, we have to use psychology, or we will never attain even partial satisfaction. For temporary relief we can take shelter in the mind. But for permanent solutions we must get spiritual illumination.

Question: Is it really necessary to seek help when we are suffering from mental problems? Can’t we just meditate by ourselves and find the answer?

Sri Chinmoy: Let us say that you are suffering from certain mental difficulties. You have surrendered to frustration and depression owing to countless problems in your life. You feel that there is light inside your heart, but you find it difficult to go deep within and bring that light into your mind. What you have to do is go to someone who can bring to the fore the light that you have within you. The light that you so desperately need is in your own house. But you have misplaced the key and you do not know how to open the door. So a friend of yours comes and helps you look for the key. After he finds it, he opens the door for you and then he goes away.If you are ready to search by yourself for the key that you have lost, then you can try. But if you take the help of an expert friend, then you will have more confidence in finding the key. A spiritual teacher is an eternal friend who helps you in your search. He will advise you and offer light so that you can free yourself from your mental suffering.

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“O silêncio transforma tudo em beleza.” -Sri Chinmoy

Autoconhecimento: como e por onde começar?

Autoconhecimento no sentido mais elevado da palavra é o que todos precisaremos ter, de forma absoluta, cedo ou tarde. Quando mais cedo, menos desafios adicionais (ou digamos, experiências para o nosso progresso) precisaremos ter.

Para um buscador por autoconhecimento, como e por onde começar é uma pergunta válida. Isso depende de si e do seu ambiente. Se tem amigos próximos que buscam, também sentirá inspiração para buscar. Se você for uma criança pequena, provavelmente irá seguir nos passos dos seus pais. Se seus pais buscam o autoconhecimento de forma consciente, você também se encontrará nessa busca cedo ou tarde. Para a maioria dos buscadores, no entanto, é comum que o apoio ou inspiração para começar no caminho do autoconhecimento vem de fora do âmbito familar ou de amizades.

Muitas vezes algum fato, experiência ou acontecimento lhe colocará diante de um livro. Talvez não seja o livro mais elevado que você já encontrou na sua caminhada, mas ele tocou você de alguma forma. Naquela hora, foi o livro perfeito. Você começa a buscar o autoconhecimento a partir de algo que leu ali, meio sem saber que está buscando ou onde quer chegar. Talvez tenha sido escrito apenas por um buscador ou um professor espiritual humano, mas ainda assim ele tem capacidade de inspirá-lo. Você começa a mudar sua vida, justamente porque o autoconhecimento que adquiriu começa a mostrar a você quem você realmente é. Então você percebe suas novas e mais reais necessidades, e vai ajustando sua vida e interesses. Ao mesmo tempo que sente progresso, sente também que tem que ter algo mais, que não pode ser só isso toda aquela história de encontrar o Infinito dentro de si que leu nos livros.

Você busca mais. Começa a praticar mais autoconhecimento – meditação, oração, esporte, serviço, sua postura com o mundo e consigo. Começa a ser mais grato, forte, a vida começa a dar mais certo. Mas isso ainda não basta. Não é algo derradeiro, perfeito, permanente. Tem que haver algo a mais, muito a mais que isso também.

Cedo ou tarde, por mérito dessa aspiração continuada ou de uma Graça superior, você se depara com um Mestre espiritual genuíno. O primeiro que encontrar poderá ser o seu, ou não. Mas quando o encontrar, ao entrar em contato com sua consciência, seja através dos seus escritos, meditações, outros alunos, etc, você percebe que lá há uma estrada à qual pode se dedicar de todo coração. Não é algo superficial – belo, mas efêmero – como as coisas que havia encontrado até agora. É algo cuja fé e também experiência lhe mostram que pode dedicar-se completamente. E, proporcionalmente com o seu mergulho, sua velocidade também aumenta, o que lhe traz uma estabilidade (é como andar de bicicleta – quanto mais rápido, mais estável). Então você se sente seguro em sua busca, e isso afeta profundamente o seu dia e sua relação consigo mesmo e com o mundo ao redor. Você deixa de se defender tanto, de desejar tanto. Percebe quantas coisas reais você já tem e percebe qual a próxima coisa real que precisa obter. Paz, luz e felicidade não são emoções ou estados de espírito. São conquistas sólidas na vida de um buscador que começou no caminho do autoconhecimento.

patangaPatanga Cordeiro pratica a meditação e autoconhecimento desde 2003 sob a orientação de Sri Chinmoy, também oferecendo cursos e aulas como um serviço à sociedade desde então. A meditação é a única coisa na vida da qual nunca desistiu, nem por um dia, e isso é uma indicação da importância e do significado de compartilhá-la. Seus interesses são música, canto, corrida (ultramaratonas), jogos de tabuleiro e várias outras coisinhas.

Conhece A Ti Mesmo

Conhece A Ti Mesmo

texto sobre autoconhecimento de Sri Chinmoy

 

Atmanamviddhi — “conhece a ti mesmo.”
Cada indivíduo deve conhecer a si mesmo.
Ele deve conhecer-se
como a infinita, eterna e imortal Consciência.

O conceito de Infinidade, Eternidade e Imortalidade
nos é absolutamente estranho.
Por quê? O motivo é muito simples:
Vivemos no corpo ao invés de vivermos na alma.
Para nós, o corpo é tudo;
não há nada e nem pode haver nada
além do corpo.
A existência da alma
consideramos mera imaginação.

Mas eu lhes asseguro que a alma não é imaginária.
Ela é ao mesmo tempo a vida e a revelação
da Realidade Cósmica.

A maioria de nós vive no corpo,
na consciência física terra-limitada.
Nosso professor é a ignorância;
o nosso mestre, a escuridão.
Mas, se algum dia vivermos na alma, veremos que
a nossa professora é a visão
e a nossa mestra, a iluminação.

“Vida é empenho” — assim diz o corpo.
“A vida é uma bênção” – assim diz a alma.

O humano no homem não deseja ir além
da moralidade, da sociedade e da humanidade.
O divino no homem vem abaixo,
da divindade para a humanidade,
da unidade para a multiplicidade.

Atmanamviddhi — “conhece a ti mesmo.”
Os videntes dos Upanishads
não apenas descobriram essa Verdade transcendental
como também a ofereceram para a humanidade
que sofre, chora e se empenha.

Para conhecer a si mesmo
é necessário descobrir-se primeiro.
O que é auto-descoberta?
Auto-descoberta é Deus-realização.

Sem yoga não há auto-descoberta.
Yoga não é uma religião.
Yoga é a Verdade Universal.
É a verdade tradicional da Índia.
É a mais importante experiência da vida.

A verdadeira yoga e a vida caminham juntas.
Elas não podem ser separadas.
Se tentar separá-las, fracassará.
Yoga e vida são tão inseparáveis
quanto Criador e criação.

É yoga um outro nome para austero ascetismo?
Absolutamente não.
É yoga um outro nome para auto-disciplina?
Certamente sim.

Ela exige a rejeição do mundo
e a privação severa dos sentidos?
Não, nunca.
Ela exige a aceitação do mundo
e o controle dos sentidos?
Sim, um grande sim.

É a yoga para todos?
Sim e não.
Sim, pois toda alma humana
veio de Deus
e interiormente aspira retornar a Ele.
Não, pois algumas pessoas,
em seus presentes estágios de desenvolvimento,
sentem que podem viver sem Deus.

Sri Chinmoy

Quão longe o conhecimento nos leva?

texto sobre autoconhecimento de Sri Chinmoy, traduzido por Patanga Cordeiro

Quão longe o conhecimento nos leva?

Caros buscadores, caros irmãos e irmãs, com o conhecimento, quão longe podemos ir? Com sua bondosa permissão, falarei sobre o tema do ponto de vista rigorosamente espiritual.

O que é conhecimento? Conhecimento é informação. O que é informação? Informação é o interesse voraz do homem no mundo-som.

O que é conhecimento? Conhecimento são as descobertas da mente. Essas descobertas podem estar na mente central, no vital e no corpo. Para a mente, o conhecimento na mente é algo rígido, fixo e complicado. O conhecimento no vital é algo dinâmico, ou então agressivo e destrutivo. O conhecimento no corpo, no físico grosseiro, é algo obscuro e não inspirador.

O que é conhecimento? O conhecimento é o desejo exterior de auxiliar a humanidade, e também seu desejo secreto de se agradar de toda forma possível. O conhecimento é algo que mantem o conhecedor e o conhecido separados. O conhecedor faz o papel de mestre; o conhecido faz o papel de escravo.

O conhecimento é o irmão mais novo da sabedoria. O irmão mais velho, a sabedoria, nos ensina a ser inseparável e eternamente um com a Realidade suprema, com a Realidade Transcendental. O irmão menor, o conhecimento, sente que a Realidade suprema será sempre algo distante. Portanto, ele quer se satisfazer com a realidade menor. O conhecimento quer medir a realidade menor, e por fim ela quer distribuir a realidade menor ao mundo todo de forma infinitesimal.

O que é o conhecimento menor? O conhecimento menor é o conhecimento terra-limitado. O conhecimento menor é o conhecimento que nos diz que pertencemos à noite-ignorância e servimos a noite-ignorância. O conhecimento nos diz que tudo é matéria, dentro e fora de nós. Quando abraçamos o conhecimento da matéria, ansiamos e tentamos, tentamos e ansiamos por nos satisfazer no mundo da busca dos prazeres. Conscientemente ou inconscientemente chafurdamos nos prazeres do pântano-ignorância. Assim como há um conhecimento terra-limitado, também há um conhecimento Céu-liberto. Quando o conhecimento Céu-liberto desperta nas nossas cabeças devotadas e corações entregues, proclamamos como fez o Salvador: “Eu e meu Pai somos um.”

Quão longe o conhecimento nos leva? Não muito longe. Quando começamos com o conhecimento-terra, não podemos nem conseguimos olhar adiante. Estamos presos sempre no ponto de partida. Não podemos caminhar pela estrada da Infinidade e Eternidade. Não podemos caminhar no reino do Espírito Transcendental. Todavia, quando começamos com sabedoria divina e tentamos caminhar pela estrada da Eternidade, vemos que a Margem Dourada está sempre nos chamando e que a distância está sempre diminuindo.

Quão longe o conhecimento nos leva? Quando começamos  com o conhecimento humano, entramos no mundo do lugar-nenhum. Quando começamos com a sabedoria divina, entramos no mundo do todo-lugar. O conhecimento humano é a risada selvagem do possuir. O conhecimento divino é a doce, iluminador e preenchedora canção da libertação e perfeição.

O conhecimento é nosso bom senso. O conhecimento é nosso Divino senso. Com nosso conhecimento humano declaramos que o nosso corpo é tudo, que o físico é tudo. Com nosso conhecimento divino proclamamos Deus como o Todo da nossa Eternidade. Proclamamos Sua constante Auto-Transcendência como o nosso Todo.

O conhecimento humano é a educação do ego-eu consciente ou inconsciente do finito. A sabedoria divina é a educação do Eu-Deus no Infinito. Conhecimento humano pertence ao mundo-desejo, e o mundo-desejo nada é senão um mundo-frustração.

O conhecimento humano nos leva a clamar:

Asato ma sad gamaya
Tamaso ma jyotir gamaya
Mrtyor mamrtam gamaya

Conduza-me do irreal para o Real.

Conduza-me da escuridão para a Luz.

Conduza-me da morte para a Imortalidade.

O conhecimento divino nos inspira a proclamar:

Anandaddhyeva khalvimani butani jayante
Anandena jatani jivanti
Anandam prayantyabhisamvisanti

Viemos do Deleite.

No Deleite crescemos.

Ao fim da nossa jornada ao Deleite nos retiramos.

O conhecimento-Deus nos diz que cada buscador deve sentir sua unicidade inseparável com seu Piloto Interior. Em sua unicidade interior, ele proclama ao mundo todo que é o amante divino da Eternidade e que Deus, seu Piloto Interior, é o Amado Supremo da Eternidade.

Sri Chinmoy, The oneness of the Eastern heart and the Western mind, part 2, Agni Press, 2004

Frases sobre autoconhecimento

frase meditacao

Aforismos sobre autoconhecimento de Sri Chinmoy, traduzidos por Patanga Cordeiro

Frases sobre autoconhecimento

 

A minha aspiração me diz

            O que é a compaixão.

A compaixão me diz

            O que é auto-conhecimento.

O auto-conhecimento me diz

            O que é mestria-de-si.

A mestria-de-si me diz

            O que é auto-suficiência.

Auto-suficiência me diz

            O que é unicidade.

Sri Chinmoy, The Wings of Light, part 19, Agni Press, 1974

Auto-conhecimento

É a completa libertação

Da exigência-ignorância.

Do livro Ten Thousand Flower-Flames, part 51

A paz não pode ser encontrada

Antes do auto-conhecimento conquistado.

Do livro Four Hundred Blue-Green-White-Red Soul-Birds, part 1

Você chama isso de auto-conhecimento,

Mas eu chamo de auto-conquista.

Você chama isso de auto-conquista,

Mas eu chamo de banquete-deleite.

Você chama de banquete-deleite,

Mas eu chamo de Ninho-Deus.

Do livro Ten Thousand Flower-Flames, part 7

O conhecimento é bom. A sabedoria é infinitamente melhor. Auto-oferecimento ao Senhor Supremo é o melhor de tudo.

Do livro Seventy-Seven Thousand Service-Trees, part 13

A partir da auto-observação

Você descobre

Que você e a sua mente

São surpreendentemente imperfeitos.

A partir do auto-conhecimento,

Você descobre

Que você e a sua alma

São surpreendentemente e constantemente

Perfeitas.

Do livro Ten Thousand Flower-Flames, part 29

Se você não sabe

O que fazer consigo,

Tente duas coisas simples

Que lhe proporcionarão alegria ilimitada:

Pense na beleza

Do seu auto-conhecimento,

Pense no dever

Do seu conhecimento-Deus.

Do livro Ten Thousand Flower-Flames, part 12

Você diz que não tem nada a fazer.

Eu lhe digo:

Estude o livro do auto-conhecimento.

Você se tornará a mente-grandeza

E

O coração-bondade.

Do livro Ten Thousand Flower-Flames, part 13

Assim como a educação não progrediu muito em alguns grupos retrógrados, também o cultivo do Auto-Conhecimento não fez muito progresso na humanidade obscura.

Sri Chinmoy, Eternity’s Breath, Sri Chinmoy Lighthouse, New York, 1972

 

Três caminhos para o autoconhecimento

Aqui estão são três das posturas mais comuns que observamos nos caminhos e métodos que levam ao autoconhecimento. Em alguns caminhos, elas não são excludentes. Um buscador pode usar o autoconhecimento, a devoção e o serviço concomitantemente para chegar na sua meta. Em outros caminhos, um foco claro é dado a um tipo, a ponto de minimizar a importância dos demais aspectos na busca. Por fim, o seu caminho será o melhor para si, e não deve ser comparado com os demais.

Três caminhos ou métodos para o autoconhecimento

Em particular, há três métodos, formas ou caminhos de yoga (ou ioga) que são encontradas nas religiões e caminhos espirituais: jnana yoga (ir além da mente), bhakti yoga (devoção), karma yoga (ação).

Hoje em dia, yoga é comumente associada com uma série de exercícios físicos, buscando equilíbrio dos nervos e proporcionando saúde. Mas quando se fala em espiritualidade, yoga não está relacionada com exercícios físicos. É uma questão de busca interior, de prática espiritual (como a oração e a meditação). Os exercícios físicos são agrupados de maneira geral como hatha yoga e servem para trazer saúde e estabilizar nosso sistema nervoso. Mas, por si só, não levam o ser humano à sua meta. É necessário exercitar nossa aspiração e transcender limitações internas e externas, através dos tipos de yoga tradicionais.  Hatha yoga e os tipos de yoga espiritual são complementares.

Os três métodos de autoconhecimento: BHAKTI YOGA, KARMA YOGA E JNANA YOGA

Texto de Sri Chinmoy, do livro Yoga e A Vida Espiritual

Bhakti Yoga

Peça a um homem para falar sobre Deus, e a sua resposta será interminável. Peça a um Bhakta para falar sobre Deus, e ele dirá apenas duas coisas: Deus é todo Afeição, Deus é todo Doçura. O Bhakta vai até um passo adiante e diz: “Eu posso tentar viver sem pão, mas eu não posso nunca viver sem a Graça do meu Senhor.”

A oração de um Bhakta é muito simples; “Ó meu senhor Deus, entre em minha vida com Vosso Olho de Proteção e com Vosso Coração de Compaixão.” Esta oração é a maneira mais rápida de bater à Porta de Deus e também o caminho mais rápido para ver Deus abrir a Porta.

Um Karma iogin e um Jnana iogin podem sofrer um momento de dúvida sobre a existência de Deus. Mas um Bhakta não tem sofrimento dessa espécie. Para ele, a existência de Deus é uma verdade axiomática. Mais do que isso, é o sentimento espontâneo do seu coração. Mas, ora, ele também tem de passar por uma espécie de sofrimento. É dele o sofrimento da separação do seu Bem-amado. Com as lágrimas do seu coração de devoção, ele chora por restabelecer sua união dulcíssima com Deus.

A mente racional não encanta o devoto Bhakta. Os fatos duros da vida falham em chamar a sua atenção, falham em tentar absorvê-lo. Ele quer viver constantemente em um mundo onde esteja embriagado por Deus.

Um devoto sente que quando caminha em direção a Deus, Deus corre em direção a ele. Um devoto sente que quando pensa em Deus por um segundo, Deus chora por ele por uma hora. Um devoto sente que quando vai a Deus com uma gota do seu amor para aplacar a sede incessante Dele, Deus o envolve no mar do Seu Amor ambrosíaco.

A relação entre um devoto e Deus nunca pode ser sentida, nunca descrita. O pobre Deus pensa que nenhum homem na Terra é capaz de capturá-Lo, pois Ele não tem preço e não pode ser avaliado. Mas ora, Ele esqueceu que já concedeu devoção ao Seu Bhakta. Para Sua maior surpresa, para Sua alegria mais profunda, A devoção entregue do seu devoto é capaz de capturá-Lo.

Há pessoas que zombam do Bhakta. Elas dizem que o Deus do Bhakta nada mais é do que um Deus pessoal, um Deus infinito com Forma, um ser humano glorificado. Para eles eu digo: “Por que não pode um Bhakta sentir isso?” Um Bhakta sente sinceramente que ele é uma gota pequenina e que Deus é o Oceano infinito. Ele sente que o seu corpo é uma porção infinitesimal de Deus, o Todo ilimitado. Um devoto pensa em Deus e ora a Deus à sua própria imagem. E ele está absolutamente certo em fazê-lo. Apenas entre na consciência de um gato e você verá que a sua idéia de um Ser onipotente toma a forma de um gato – apenas numa forma gigante. Entre na consciência de uma flor e você verá que a idéia da flor sobre algo infinitamente mais belo do que ela mesma toma a imagem de uma flor também.

O Bhakta faz o mesmo. Ele sabe que é um ser humano e sente que o seu Deus deveria ser humano em todos os sentidos do termo. A única diferença, ele sente, é que ele é um ser humano limitado, e Deus é um Ser humano ilimitado.

Para um devoto, Deus é ao mesmo tempo cheio de bem-aventurança e misericordioso. A alegria do seu coração o faz sentir que Deus é pleno de bem-aventurança, e as dores do seu coração o fazem sentir que Deus é misericordioso.

Um pássaro canta. Um homem canta. Deus também canta. Ele canta Suas canções dulcíssimas do Infinito, da Eternidade e da Imortalidade através do coração do seu Bhakta.

 

Karma Yoga

Karma Yoga é ação sem desejo realizada por amor ao Supremo. Karma Yoga é aceitação genuína, pelo homem, da sua existência terrena. Karma Yoga é a marcha destemida do homem através do campo de batalha da vida.

O Karma Yoga não vê com os mesmos olhos daqueles que sustentam que as atividades da vida humana não têm importância. O Karma Yoga reivindica que a vida é uma oportunidade divina para servir a Deus. Esse Yoga em particular não é apenas o Yoga da ação física; ele inclui também a vida interior e moral do aspirante.

Aqueles que seguem esse caminho oram por um corpo forte e perfeito. Eles também oram por uma vida longa. Essa vida longa não é apenas o mero prolongamento da vida em termos de anos. É uma vida que aspira pela descida da Verdade, Luz e Poder divinos ao plano material. Os Karma iogins são os verdadeiros heróis na cena terrena, e deles é a vitória divinamente triunfante.

Um Karma iogin é um perfeito estranho às ondas do desapontamento e desespero na vida humana. O que ele vê na vida e nas suas atividades é um propósito divino. Ele sente que é o próprio hífen entre as obrigações terrenas e as responsabilidades do paraíso. Ele tem muitas armas para conquistar o mundo, mas o seu desapego é a mais poderosa. O seu desapego desafia tanto os golpes esmagadores do fracasso quanto os vagalhões de gratificação do ego do sucesso. O seu desapego está muito além tanto das armadilhas das dores excruciantes do mundo quanto do abraço da alegria embargada do mundo.

Muitos aspirantes sinceros sentem que os sentimentos devocionais de um Bhakta e o olho penetrante de um Jnani não têm lugar no Karma Yoga. Nisso eles estão muito errados. Um verdadeiro Karma iogin é aquele cujo coração tem uma fé implícita em Deus, cuja mente tem uma consciência constante de Deus e cujo corpo tem um amor genuíno por Deus na humanidade.

É fácil para um Bhakta esquecer o mundo e para um Jnani ignorar o mundo. Mas o destino de um Karma iogin é diferente. Deus quer que ele viva no mundo, viva com o mundo e viva pelo mundo.

 

Jnana Yoga

Deus tem três olhos. Seus nomes são Bhakti, Karma e Jnana. O Bhakti quer viver na Verdade muitíssimo íntima do seu Pai. Karma quer viver na Verdade universal que tudo permeia do seu Pai. Jnana quer viver na verdade transcendental do seu Pai.

O homem de devoção precisa da proteção de Deus, O homem de ação precisa da direção de Deus. O homem de conhecimento precisa da instrução de Deus.

A fé do Bhakta em Deus e o amor do Karma iogin pela humanidade não interessam ao Jnana iogin, muito menos o inspiram. Ele não quer nada, apenas a mente. Com seu poder mental ele se esforça pelas experiências pessoais da Verdade mais elevada. Ele pensa em Deus como a Fonte do Conhecimento. Ele sente que é através da mente que ele alcançará a sua meta. No início do seu caminho, ele sente que nada é tão importante quanto a satisfação da mente. Finalmente ele percebe que deve transcender a mente se quiser viver no Supremo Conhecimento.

A vida é um mistério. Assim também é a morte. Um Jnana iogin quer perscrutar esses dois mistérios aparentemente insolúveis da criação de Deus. Ele também quer transcender tanto a vida quanto a morte e estabelecer-se no Coração da Realidade Suprema.

O homem vive no mundo dos sentidos. Ele não sabe se esse mundo é real ou irreal. Um homem comum está satisfeito com a sua própria existência. Ele não tem sequer a capacidade de pensar nem o sincero interesse em entrar no significado mais profundo da vida. Ele quer escapar dos problemas da vida e da morte.

Desafortunadamente, não há fuga. Ele tem de nadar no mar da ignorância. Um Jnana iogin, sozinho, pode ensiná-lo como nadar através do mar da ignorância e entrar no Mar do Conhecimento e da Luz.

Um Jnana iogin declara: Neti, neti. “Isso não, isso não.” O que ele quer dizer? Ele quer dizer que há um mundo superior do que o mundo dos sentidos, uma verdade mais elevada do que esta verdade atada à Terra. Ele diz, num certo sentido, que há dois partidos opostos. Um partido consiste da falsidade, da ignorância, da morte. O outro partido consiste da Verdade, do Conhecimento e da Imortalidade. Enquanto proclama: “Neti, neti”, ele pede ao homem para rejeitar a falsidade e aceitar a Verdade, para rejeitar a ignorância e aceitar o Conhecimento, para rejeitar a morte e aceitar a Imortalidade.

Psicologia, autoconhecimento e meditação

Psicologia, autoconhecimento e meditação

textos sobre autoconhecimento de Sri Chinmoy, traduzidos por Patanga Cordeiro

 

Existe um método espiritual de autoanálise?

Sri Chinmoy: Não, não há. A forma psicológica de autoanálise, do ponto de vista mais elevado, é incorreta. Na autoanálise, utilizamos a mente para examinar nosso passado obscuro e nosso subconsciente. Na autoanálise dizemos “fiz a coisa certa” ou “fiz a coisa errada.” Sempre há positivo e negativo. Mas devemos ir além do positivo e negativo. Nos Upanishads é dito que temos de aceitar a ignorância e o conhecimento, e então ir além de ambos, onde tudo é sabedoria divina. Quando praticamos auto-análise, num momento estamos em conhecimento, e no outro momento estamos em ignorância. Constantemente nos identificamos com o conhecimento ou ignorância e nossa dúvida mental. Mas quando entramos numa meditação espiritual profunda, quando estamos muito avançados na vida espiritual, estamos acima da ignorância e conhecimento. Ansiamos apenas por Paz infinita, Luz infinita e Deleite infinito.

Se o buscador estiver constantemente se estudando com sua mente, haverá sempre uma forte atração por parte das forças negativas na mente. Elas nos atrairão como ímãs, mesmo se com a nossa mente estejamos tentando afastar tudo que sentimos que seja incorreto. A dificuldade é que não utilizamos a luz da alma para fortalecer nossa força de vontade durante a autoanálise. Quando tentamos fazer a coisa certa, isso  não quer dizer que seremos capazes de fazê-la. As tendências mais baixas e as forças impróprias possuem um poder tremendo, que vem como tentação. Se cedermos a essa tentação, estaremos completamente perdidos.

Se uma pessoa espiritual quer alcançar o reino da mais alta Paz e infinita Luz, onde não há tentação, ela deve ir além da análise mental. Ela deve aspirar. Se, no entanto, uma pessoa não entrou para a vida espiritual, é melhor que ela utilize a autoanálise do que se comportar como um animal selvagem. Até certo ponto, será bom. Se ela não usar seu poder de autoanálise, não haverá diferença entre luz e escuridão. Mas se você quiser a forma mais rápida e convincente de transformar a sua natureza numa natureza divina, você tem de aspirar. A aspiração é a única solução final para os problemas da limitação humana.

Pergunta: Os problemas sempre podem ser resolvidos psicologicamente através de análise ou isso deve ser sempre feito espiritualmente?

Sri Chinmoy: Qualquer problema, se for resolvido espiritualmente, estará completamente solucionado. Mas se você resolver um problema psicologicamente, a solução fica toda na mente, que é uma esfera muito limitada. Quando respondemos uma pergunta a partir de uma Verdade espiritual mais elevada, podemos sentir que a resposta é verdadeira e completa. Obteremos a maior satisfação apenas quando a pergunta for respondida de um ponto de vista espiritual.

Embora tenhamos o corpo, o vital e a mente, se resolvermos os problemas a partir dessas perspectivas diferentes com as diferentes capacidades da mente, do vital ou do corpo, as respostas não satisfarão completamente as nossas necessidades. Com a mente resolvemos o problema imediato. Mas essa solução não será permanente. O problema simplesmente tomará outra forma e virá a nós como uma outra dificuldade. Nós pensamos: “Eu resolvi aquele problema com a minha mente analítica”, mas infelizmente, se formos profundamente dentro de nós, veremos que aquele mesmo problema, agora tomou uma outra forma e voltou a nos atormentar. Mas uma vez resolvamos o problema espiritualmente, veremos que ele realmente se foi. E como resolver um problema espiritualmente? Através do nosso progresso interior, da experiência e da luz da nossa alma.

Sri Chinmoy, Mind-confusion and heart-illumination, part 1, Agni Press, 1974

Perguntas sobre autoconhecimento

Perguntas sobre autoconhecimento

por Patanga Cordeiro

Na vida comum, cada pessoa possui milhões e milhões de perguntas a fazer, perguntas sobre autoconhecimento, sobretudo. Na sua vida espiritual, chega o dia em que ela sente que há apenas uma questão que vale a pena perguntar: “Quem sou eu?” A resposta das respostas é: “Não sou o corpo; sou o Piloto Interior.”

Como é possível para um homem não se conhecer, visto que é algo que deveria ser a mais fácil dentre as suas tarefas? Ele não se conhece justamente porque se identifica com o ego, e não com o seu Eu verdadeiro. O que o obriga a se identificar com esse pseudo-eu? É a ignorância. O que diz a ele que o verdadeiro Eu não é e nunca será o ego? É seu Auto-questionamento. O que enxerga nos mais profundos recônditos do seu coração é o seu verdadeiro Eu, seu Deus. E, por fim, esse enxergar deve se transformar em se tornar.

Sri Chinmoy, Yoga and the spiritual life. The journey of India’s Soul., Tower Publications, Inc., New York, 1971

A pergunta das perguntas: “Quem sou eu?”

A pergunta sobre autoconhecimento “quem sou eu?” é uma experiência diária para todos nós. Mesmo que você não esteja conscientemente se perguntando isso, você o faz com suas ações. Tudo que você faz é uma forma de buscar se descobrir, buscar descobrir o Eu verdadeiro por trás de todas as coisas. Ao amor da mãe pelo filho, do filho pela mãe, tudo isso são pistas para descobrirmos quem somos e como o Criador está manifestado na criação. Até mesmo o anseio do alcoólatra pela bebida é, na verdade, o anseio do buscador pelo Divino, apenas que direcionado de forma não-produtiva. Cedo ou tarde isso frutificará com experiências, e o buscador será direcionado melhor para a sua próxima empreitada no caminho do autoconhecimento.

Você tem muitas perguntas?
Mas quem pode responder
É o seu coração amante do silêncio.
-Sri Chinmoy

Mas, ainda assim, é melhor buscar de forma consciente. Consciente quer dizer com todo o ser, não apenas com a mente. A mente, sozinha será muito árida, cirúrgica, para lhe fazer compreender algo tão vasto quanto a realidade que está dentro de si e ao seu redor. É necessário usar todas as partes do ser, e focar nas mais elevadas, mais vastas e capazes, como o nosso ser interior.

Para iniciar sozinho no caminho do autoconhecimento, é necessário ter um Mestre espiritual que lhe oriente da forma exata, de acordo com o seu estágio interior preciso e necessidades reais. Se não tiver um Mestre, você pode começar a praticar meditação e leitura de livros escritos por Mestres espirituais realizados. Para começar a meditar, separe cinco minutos de manhã cedo, antes de começar o seu dia. Tente sentir o seu coração. Gradualmente, vá incorporando uma técnica mais específica.

E lembre-se que existem outros caminhos além do autoconhecimento. O autoconhecimento é apenas uma forma de se descobrir. Também há o caminho da devoção e da entrega espirituais, por exemplo, onde você enxerga o Divino não apenas dentro de si, mas também em todas as coisas. Ou o caminho do serviço dedicado, onde sentimos nossa unicidade com o divino em tudo se o servimos com todo nosso ser.

 

“Meu Senhor, existe algo que,

Uma vez conquistado, nunca pode ser perdido?

“Sim, Minha criança, isso existe.

Tal coisa existe, e você já a tem.”

“Eu a tenho, mas não sei o que é.

Meu Senhor, pelo Amor de Deus, não torture

A minha curiosidade.

Conte-me o que é isso

Que eu tenho e nunca será perdido.”

“Minha criança supremamente tola, você nunca,

Nunca perderáo seu auto-conhecimento, auto-realização.”

Sri Chinmoy, My Lord’s Secrets revealed, Herder and Herder, 1971

O que foi perdido? A busca espiritual

Pergunta: Você nos chama de “buscadores”. O que foi perdido?

Sri Chinmoy: O que foi perdido? A nossa unicidade consciente com o Supremo Absoluto foi perdida. Através da nossa busca interior estamos tentando obter ou reconquistar a nossa unicidade consciente inseparável com Ele. Estamos buscando a Verdade e a Luz. Houve um tempo em que fomos possuidores dessa Luz e Verdade infinitas. Mas, infelizmente, fizemos amizade com a noite-ignorância e perdemos a nossa unicidade inseparável com a Luz e Deleite da Infinidade. É através de uma procura consciente – nossa busca interior consciente e anseio interior ascendente – que, na Hora escolhida de Deus, reencontraremos a nossa riqueza interior.

Experiências no caminho do autoconhecimento

Experiências de autoconhecimento

Quanto tentamos enxergar fundo dentro de nós, quanto tentamos viver uma vida interior, podemos encontrar muitas dificuldades. Dizemos, “Veja, Deus, agora que nos voltamos a Você, temos de passar por tantos testes!” Não encontrando saída, ficamos perturbados. Mas por que deveríamos? Não nos falham a memória as tristezas da vida. Antes de entrarmos para a vida espiritual, o sentimento de vazio era nosso companheiro constante. Agora estamos numa posição melhor já que temos a capacidade de reconhecer o tigre feroz da mundanidade. Encaremos a inquietação e fraqueza como testes.”

Sri Chinmoy, Yoga and the spiritual life. The journey of India’s Soul., Tower Publications, Inc., New York, 1971

Hoje estava terminando meu horário de meditação. Alguns pensamentos me atrapalhavam muito. Eram coisas que me deixavam irritado.

De repente, por qualquer milagre que tenha ocorrido, me lembrei do texto acima, que havia lido uns dois dias antes. E tive a experiência. Eu olhei para mim mesmo e percebi que não era eu quem estava incomodado, mas sim minha mente ou emoções, meu ego, ou algo afim. Senti a luminosidade dos escritos.

Nesse momento, me dissociei um pouco, como quem pensa “grande coisa se você gosta disso ou não gosta daquilo. A realidade é maior do que isso que você enxerga.” Senti uma serenidade, e minha visão até mudou o foco. Tudo ficou mais bonito, como se estivesse num lugar que eu gostava muito de estar. E estava. Estava no meu altar de meditação, olhando para a foto do meu Mestre, com uma moldura nova dourada, em cima da mesa que meu pai me fez, meu nome espiritual escrito nela, o livro de orações aberto em frente, o incenso que me presentearam aceso.

Parte da série sobre autoconhecimento

Aprendendo meditação com Sri Chinmoy

 

 

sri chinmoy meditação samadhi

 

Donna Halper: Você diz aos seus alunos como devem meditar, ou eles escolhem por conta própria a melhor forma?

Sri Chinmoy: Exteriormente eu lhes dou orientações muito gerais, porque a forma de meditação de cada pessoa é única e pessoal. Pela Generosidade infinita de Deus, eu tenho a capacidade de ensinar, interiormente, as suas almas a meditar. Cada discípulo meu aprende então a sua melhor forma de meditação com sua própria alma. Eu também escrevi consideravelmente sobre a meditação e as diversas técnicas interiores, e portanto eles podem ler os meus escritos.

 

Donna Halper: Para uma pessoa que está completamente sozinha e gostaria muito de meditar, há algo com que possa começar sem frequentar uma escola ou encontrar um professor para aprender?

Sri Chinmoy: Sim, claro. Ela pode ler alguns livros espirituais para se instruir e começar a meditar em casa. A melhor coisa a se ter é uma mente repleta de paz – ou seja, não permitir que quaisquer pensamentos entrem na mente. Mas a pessoa verá que alguns pensamentos entram apesar dos seus melhores esforços. Assim, é necessário fazer uma seleção e permitir que apenas os bons pensamentos permaneçam na mente. Os pensamentos ruins serão descartados assim que possível. Permitindo que apenas os pensamentos bons permaneçam, ela será capaz de obter uma certa paz de espírito. Meditação é paz na mente e bem-aventurança no coração.

 

Donna Halper: Você trouxe uma questão à tona. Facilmente consigo ouvir as pessoas dizendo por aí: “É ótimo sentar-se e pensar bons pensamentos e coisas do tipo. Mas, e quando estamos inseridos na vida material e tudo está um caos, foi um dia ruim no escritório, seu chefe gritou com você, etc.? Como é possível ter os bons pensamentos numa hora como essa?”

Sri Chinmoy: Na maior parte dos casos, a manhã indica como será o dia. De manhã, antes de começarmos a correria do dia, antes de sairmos de casa e entrarmos nas atividades do dia, se meditarmos devotadamente por alguns minutos, certamente obteremos uma certa paz interior. Essa paz levaremos em nossos corações quando formos ao escritório ou adentrarmos as variadas atividades e confusão do dia a dia. Poderemos trazer à tona essa paz interior quando precisarmos dela. Assim seremos de fato capazes de controlar a situação.

 

Donna Halper: Acho que há um tremendo precedente para isso. Se eu lembro corretamente, na Bíblia é dito que a melhor hora para se orar é pela manhã, pois, se começar o seu dia pensando nas coisas espirituais, isso o carregará pelo restante do dia. O que você diz na verdade não é muito diferente do que chamamos de religião ocidental.

Sri Chinmoy: Não há tanta diferença entre religião ocidental e oriental quanto as pessoas pensam. Somos todos filhos de Deus. Falamos diferentes línguas, mas, quando se trata do coração – o seu coração, o meu coração, o coração dela –, estamos todos afinados. É a mente que cria os problemas. O coração aspirante se comunica conscientemente com a alma, e a alma é o representante de Deus. Há sempre uma verdade incipiente dentro de todos nós. Quando se trata de verdadeira espiritualidade, não há barreiras geográficas – ocidente e oriente, norte e sul. O que existe é a unicidade do coração. É através da unicidade do nosso coração que nos satisfazemos e a Deus em e através de nós.

 

Donna Halper: Quando uma pessoa se envolve mais na espiritualidade, isso levaria a que, digamos, esteja se tornando menos presa a coisas como preconceitos. Portanto, ela não teria sentimentos contra qualquer raça, credo, etc. As pessoas que estão presas em pensamentos preconceituosos se afastaram de Deus, ou apenas não compreendem Deus, ou é ainda outra coisa?

Sri Chinmoy: Elas não necessariamente se afastaram de Deus, mas compreendem Deus de acordo com sua capacidade limitada. Um verdadeiro buscador, entretanto, não os condenará. Pelo contrário, ele tentará enxergar e sentir que os erros cometidos pelos outros são seus próprios erros, pois ele aceitou Deus completamente. Essa aceitação de Deus inclui a aceitação da criação inteira de Deus, e essas pessoas que estão cometendo enganos também são filhos de Deus. Portanto, um aspirante sincero sente que lhe é obrigatório considerar as fraquezas, fracassos e defeitos dos outros como seus próprios. Porque ele ama Deus, ele sente que tem de se identificar com a criação de Deus. Ele não pode negar a criação de Deus; não pode falar mal da criação de Deus. Ele só consegue aceitar a criação de Deus como tal e orar para Deus e meditar em Deus para que ilumine a Sua criação.

 

Donna Halper: Isso quer dizer que, se uma pessoa se envolver com a meditação, quanto mais ela meditar e mais entender sobre Deus, maior será compreensão do mundo também?

Sri Chinmoy: A pessoa terá mais compreensão, mais iluminação. Ela será capaz de aceitar o mundo ao invés de negar o mundo, pois o mundo é a criação de Deus, e Criador e criação sempre andam juntos. Se pudermos aceitá-los em conjunto, seremos capazes de satisfazer a Realidade Suprema dentro de nós.